Guerra comercial passa rasteira a Wall Street

  • Rita Atalaia
  • 2 Abril 2018

A tensão entre a China e os EUA continua a manter as principais bolsas norte-americanas sob pressão. Wall Street encerrou no vermelho, depois de as bolsas terem estado encerradas na sexta-feira.

Donald Trump impôs tarifas aos produtos vindos da China. E o país respondeu com o agravamento das importações de 120 produtos norte-americanos, incluindo vinho, carne de porco e pistácio. Esta guerra comercial tem mantido as principais bolsas dos EUA sob pressão… e hoje não foi exceção. Wall Street encerrou no vermelho, com perdas de 2%. Isto num dia em que as principais praças europeias continuaram encerradas devido à Páscoa.

O Dow Jones recuou 1,97% para 23.629,158 pontos, enquanto o S&P 500 cedeu 2,29% para 2.580,46 pontos. O Nasdaq apresentou uma queda ainda mais expressiva, com o índice tecnológico a cair 2,79% para 6.866,03 pontos, pressionado pelas gigantes do setor.

Depois de uma resposta morna dos chineses às tarifas impostas por Donald Trump, chegou uma nova ronda de retaliações. A China anunciou a imposição de tarifas aduaneiras a mais de 120 produtos alimentares que têm como origem os EUA em resposta às tarifas sobre o aço e o alumínio ordenadas pelo presidente Donald Trump.

"Um reajustamento das tecnológicas, assim como o impacto que a guerra comercial poderá ter nas exportações de empresas norte-americanas estão a atingir o mercado ao mesmo tempo.”

Rick Meckler

Presidente da Liberty View Capital Management

A tensão entre os EUA e a China não foi, contudo, a única responsável pelas perdas em Wall Street. Se por um lado a Tesla chegou a cair 6% depois de o seu fundador, Elon Musk, ter dito que a empresa tinha ido à falência — uma brincadeira do dia das mentiras — por outro as ações da Amazon recuaram mais de 4%. Isto depois de Donald Trump ter atacado os preços das entregas da retalhista online através do serviço postal norte-americano e prometido mudanças, sem especificar quais. “Tem de pagar os custos reais (e impostos) agora!”, afirmou o presidente dos EUA no sábado.

“O setor tecnológico, assim como o impacto que a guerra comercial poderá ter nas exportações de empresas norte-americanas estão a atingir o mercado ao mesmo tempo”, afirmou Rick Meckler, presidente da Liberty View Capital Management, à Reuters.

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