Governo não se compromete com datas para descongelamento de carreiras
A FESAP reuniu-se com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, que disse haver já cerca de 88 mil trabalhadores com carreiras descongeladas, mas não se comprometeu com prazos.
“Manifestamente insuficiente.” É desta forma que José Abraão, presidente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) classificou os números mais recentes relativos ao número de trabalhadores do Estado que já viram as suas carreiras descongeladas. O responsável que esteve reunido nesta quarta-feira com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, disse que foi informado da existência de cerca de 88 mil funcionários cujas carreiras já foram descongeladas.
“Fomos informados que cerca de 88 mil trabalhadores estariam neste momento já com as carreiras descongeladas: receberam a primeira parte dos 25%”, afirmou José Abraão, em declarações transmitidas pela RTP3.
De acordo com este responsável, 66 mil das situações terão resultado da normal progressão das carreiras por consequência dos pontos acumulados, 2.500 foram promoções, enquanto outros cerca de 22 mil terão resultado do decurso do tempo ou também por consequência das ponderações curriculares previstas na lei.
José Abraão considera-se insatisfeito com este número avançado pelo Governo. “Dissemos ao Governo que este número era manifestamente insuficiente, já que se as pessoas ganharam o direito à progressão no dia 1 de janeiro, só fazia sentido que no final de janeiro tivessem recebido aquilo a que tinham direito, sem essa demora. “Estou convencido que vamos chegar a metade deste ano e ainda nem metade dos trabalhadores que tinham direito à sua progressão receberam aquilo a que tinham direito a receber”, disse ainda o responsável da FESAP .
Relativamente a um prazo para que o processo de descongelamento das carreiras dos trabalhadores do Estado possa estar concluído, José Abraão, diz que “o Governo não se comprometeu com data nenhuma“. “Disse-nos apenas que faríamos um balanço em meados do ano, procurando integrar todos os setores”, concluiu o responsável da FESAP.
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