Governo não pode mudar “destino de uma empresa que cumpre as regras”
António Mexia, reeleito CEO da EDP, e Luís Amado, o novo presidente da comissão de supervisão, reforçam a importância da empresa para a economia nacional enquanto pedem "regras do jogo" equilibradas.
No rescaldo da assembleia geral que decorreu esta quinta-feira, António Mexia e Luís Amado, na qualidade de CEO da EDP e presidente da comissão de supervisão, respetivamente, respondem sobre os desafios da elétrica para o próximo triénio. Mexia apela a que os contratos sejam respeitados e a que se equilibrem as “regras do jogo” entre operadores, enquanto Amado pede “espírito de diálogo e concertação”.
Confrontado com as tensões têm afastado a EDP do Governo e da Entidade Reguladora dos dos Serviços Energéticos, Mexia relembra a missão da empresa e a relevância que esta tem para o país. “Eu estou há 12 anos no setor. Já houve muitos presidentes, governos e reguladores. O essencial é o seguinte: a companhia tem sabido fazer aquilo que lhe compete”, defende.
“Não deixaremos que ninguém, sobretudo alguém que não tem ações desta companhia, possa mudar o destino de uma empresa que cumpre as regras todas“, afirma o CEO, que segue agora para o quinto mandato à frente da elétrica.
O que é necessário é “respeitar os contratos” e “manter as mesmas regras do jogo para companhias que estão a operar dentro do mesmo mercado, nomeadamente o mercado ibérico”, refere, pois “só assim é que as companhias conseguem verdadeiramente dar todo o seu contributo” para a economia.
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"Não deixaremos que ninguém, sobretudo alguém que não tem ações desta companhia, possa mudar o destino de uma empresa que cumpre as regras todas.”
Luís Amado sublinha a importância da estabilidade da empresa para o país, pela qual pretende zelar. “O grupo é demasiado importante para a economia portuguesa para que estes temas não sejam tratados com espírito de diálogo e concertação“. O recém-eleito presidente do Conselho Geral de Supervisão afirma que, como “maior grupo português”, a estabilidade da EDP “é fundamental”. “É bom que trabalhemos nessa perspetiva”, defende.
O presidente “não acredita” que a sua chegada, por si só, seja garantia desta estabilidade e de uma diminuição das tensões com o Governo — Luís Amado é um ex-ministro socialista, que substitui Eduardo Catroga no cargo. Contudo, assume a responsabilidade de zelar pela estabilidade entre todos os stakeholders e fala de uma “nova vontade de resolver os problemas”.
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