Guterres pede contenção aos Estados membros após ataque na Síria

"Apelo a todos os Estados membros para que exerçam contenção nestas circunstâncias perigosas", disse Guterres. Moscovo pede reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou os Estados membros a exercerem moderação e se absterem de qualquer ação que possa levar a uma escalada após os ataques contra a Síria.

“Apelo a todos os Estados membros para que exerçam contenção nestas circunstâncias perigosas e para evitar todos os atos que possam agravar a situação e agravar o sofrimento do povo sírio”, refere António Guterres em comunicado enviado às redações às 4h48 de sábado.

O secretário-geral adiou uma viagem planeada à Arábia Saudita para gerir as consequências da operação militar lançada em conjunto pelos Estados Unidos, Reino Unido e a França contra o Governo de Bashar al-Assad. Um ataque que “seguiu de perto”. António Guterres voltou a criticar o uso de armas químicas que “é horrível” e reiterou a sua “profunda desilusão por o Conselho de Segurança ter falhado um acordo sobre um mecanismo dedicado para que afira com fiabilidade o uso de armas químicas na Síria”.

O secretário-geral da ONU lembrou ainda que “a principal responsabilidade do Conselho de Segurança das Nações Unidas é a manutenção da paz e da segurança” e por isso apela a todos os membros para se “unirem e exercerem essa responsabilidade”. Para Guterres a Síria representa a principal ameaça à paz e segurança internacional.

Moscovo pede reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU

A Rússia anunciou este sábado que vai pedir uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU após os ataques ocidentais contra alvos na Síria. “A Rússia convoca uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para discutir as ações agressivas dos Estados Unidos e seus aliados“, refere em comunicado Moscovo.

“A Rússia denuncia com a maior firmeza o ataque à Síria, onde militares russos ajudam o governo legítimo a lutar contra o terrorismo”, disse o Kremlin no mesmo comunicado. A Rússia manifestou a sua oposição com “máxima firmeza” em relação aos ataques com mísseis a alvos militares sírios, realizados em retaliação a um alegado ataque com armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad.

NATO apoia ataque conjunto dos EUA e aliados na Síria

O secretario geral da NATO, Jens Stoltenberg, apoiou o ataque conjunto dos EUA, Reino Unido e França a instalações de armas químicas na Síria. Stoltenber considerou que tal “reduzirá a capacidade do regime” de Assad de voltar a atacar a população com este tipo de armas.

“A NATO condenou sistematicamente o uso continuado por parte da Síria de armas químicas como uma clara violação das normas e acordos internacionais”, afirma o secretário-geral numa declaração publicada na página da Internet da NATO. Sublinha que o uso de armas químicas “é inaceitável” e os seus responsáveis devem ser responsabilizados por isso.

A organização considera que a utilização deste tipo de armas é uma ameaça à paz e segurança internacionais e que “é essencial proteger a Convenção sobre Armas Químicas”, o que exige “uma resposta coletiva por parte da comunidade internacional”, acrescentou.

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