Novo Banco baixa spread da casa para 1,25%. Promete “taxa fixa de 2 anos a 0%”

O banco reviu em baixa o spread mínimo que cobra nos novos empréstimos da casa, igualando as oferta do BCP e Santander Totta. Ao mesmo tempo também está a seduzir clientes a fixarem a taxa do crédito.

Novo episódio na “guerra dos spreads” da casa. Desta vez, cabe ao Novo Banco o papel de protagonista. O banco liderado por António Ramalho reviu em baixa o seu leque de spreads, com a margem mínima a passar para 1,25%. O Novo Banco “ataca” ainda na taxa fixa, com uma campanha promocional em que procura seduzir os clientes com a oferta de uma “taxa fixa de 2 anos a 0%” no crédito à habitação.

O spread mínimo do Novo Banco foi atualizado no preçário da instituição financeira esta quarta-feira, 2 de maio, com este a cair em 25 pontos base, passando dos 1,5% fixados há precisamente um ano para os atuais 1,25%. O banco que ficou com o “BES bom” deixa assim a CGD para trás e passa a igualar a margem mínima em vigor no BCP e Santander Totta, que detêm atualmente dos spreads mínimos mais competitivos do mercado. Apenas o Bankinter oferece um valor mais baixo: 1,15%.

“A recente revisão do spread mínimo de crédito habitação está associada à vontade que o Novo Banco tem de proporcionar a todo o momento aos seus clientes uma oferta competitiva de produtos financeiros”, disse ao ECO fonte oficial do banco liderado por António Ramalho.

Spreads mínimos em dez bancos

Fonte: Preçários dos bancos

Esta revisão acontece, aliás, menos de três meses depois de a CGD também ter descido a margem mínima de spreads, igualando na altura a oferta do Novo Banco. De salientar que os dois bancos têm-se apresentado, aliás, muito agressivos na promoção das suas ofertas de crédito à habitação. Para além das descidas do preço que cobram para financiar a compra de casa, têm focado a sua estratégia também na rapidez da sua disponibilização.

No início deste ano, a CGD lançou uma campanha de crédito à habitação em que promovia como bandeira precisamente a rapidez, disponibilizando-se a oferecer uma “solução rápida”. No crédito à habitação “Caixa Casa Fast”, a CGD diz ser possível assegurar a respetiva contratação em até 15 dias úteis, o intervalo de tempo entre a simulação e a tomada de decisão.

Pouco depois, foi a vez de o Novo Banco apostar no mesmo rumo, com uma campanha promocional em que a instituição financeira liderada por António Ramalho garante dar uma resposta em 24 horas nos pedidos de crédito à habitação.

"O Novo Banco continuará a avaliar a evolução das condições de mercado e, se necessário, poderá proceder a novos ajustes na sua oferta tanto no que diz respeito aos spreads como no que se refere a outras condições.”

Novo Banco

Fonte oficial

Confrontado com a questão sobre eventuais revisões em baixa de spreads, o Novo Banco não descartou essa possibilidade. “O Novo Banco continuará a avaliar a evolução das condições de mercado e, se necessário, poderá proceder a novos ajustes na sua oferta tanto no que diz respeito aos spreads como no que se refere a outras condições”, garantiu a instituição financeira.

Novo Banco também ataca na taxa fixa: oferece 0%

Em paralelo com a atual descida do spread mínimo para 1,25%, o Novo Banco também está a apostar numa campanha que tem como objetivo seduzir clientes para as soluções de taxa fixa. A instituição financeira liderada por António Ramalho tem no seu site uma campanha em que promete “taxa fixa de 2 anos a 0%”.

Relativamente a esta campanha, o Novo Banco diz que o objetivo “é oferecer aos seus clientes um leque diversificado de opções para que os clientes possam escolher a que melhor se adapta ao seu caso concreto”.

Imagem da campanha de taxa fixa

Fonte: Site do Novo Banco

No que respeita a esta campanha de taxa fixa, o “0%” está aliás em grande destaque, mas em termos práticos a esse valor acresce ainda o spread que é igual ao oferecido pelo banco no crédito de taxa variável.

A instituição financeira tenta assim cativar os clientes que pretendem proteger-se da previsível subida dos indexantes do crédito à habitação — as Euribor –, cenário que acontecerá mais cedo ou mais tarde. A proposta do Novo Banco assegura que essa taxa é fixa durante dois anos, variando a partir desse período em função dos indexantes.

Contudo, o mercado antecipa que as Euribor se mantenham em terreno negativo mais cerca de ano e meio (até setembro de 2019 na Euribor a três meses), pelo que a vantagem de privilegiar a campanha de “taxa fixa de 2 anos a 0%” pode não compensar face à proposta de taxa variável do banco. Neste último caso, a taxa é determinada com base na soma do valor da Euribor a 12 meses ao valor do spread. Ora, a Euribor a 12 meses atualmente está nos -0,189%. O Novo Banco propõe 0%.

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