Erdogan ganha eleições presidenciais e legislativas turcas

  • Lusa
  • 25 Junho 2018

O presidente voltou a venceu com cerca de 52,5% dos votos, segundo resultados parciais após a contagem da quase totalidade dos boletins de voto.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, obteve nas eleições de domingo mais que os 50% de votos necessários para ser eleito à primeira volta para um novo mandato presidencial com poderes reforçados, anunciaram as autoridades eleitorais.

“De acordo com os resultados, parece que Recep Tayyip Erdogan venceu com maioria absoluta dos votos válidos”, o que lhe permite ser reeleito à primeira volta, disse o diretor do Alto Comité Eleitoral (YSK), Sadi Güven, numa conferência de imprensa em Ancara.

Güven indicou que 97,7% dos votos foram registados no sistema informático do YSK, precisando que os boletins que ainda não foram contabilizados não eram em número suficiente para retirar a Erdogan a maioria absoluta.

O diretor do YSK não avançou o resultado final das presidenciais, mas a agência noticiosa estatal Anadolu afirma que Erdogan venceu o escrutínio com cerca de 52,5% dos votos, segundo resultados parciais após a contagem da quase totalidade dos boletins de voto.

"Os resultados não-oficiais das eleições são claros. Segundo eles, a nossa nação confiou-me a responsabilidade de ser Presidente da República.”

Recep Tayyip Erdogan

Presidente da Turquia

Mesmo antes da proclamação do chefe de Estado, os apoiantes já tinham começado a celebrar a vitória agitando bandeiras turcas nas ruas de Istambul e, após as suas declarações, eram audíveis buzinas de automóveis, segundo a agência francesa AFP no local. “A Turquia, com uma taxa de participação de perto de 90%, deu uma lição de democracia ao mundo inteiro”, afirmou Erdogan.

O Presidente turco convocou em abril estas eleições presidenciais e legislativas antecipadas inicialmente previstas para novembro de 2019.

O duplo escrutínio é particularmente importante, porque assinala a passagem do sistema parlamentar em vigor para um sistema presidencial em que o chefe de Estado concentra a totalidade do poder executivo.

Erdogan defende a necessidade de tal medida para garantir a estabilidade na cúpula do Estado, mas os seus opositores acusam-no de querer monopolizar o poder com esta transformação.

(Notícia atualizada às 9h38 com a contagem mais recente)

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