Um a um, já se sabe onde fecham metade dos 70 balcões da CGD. Veja o mapa

  • Rita Atalaia
  • 25 Junho 2018

A conta-gotas. É assim que se vai conhecendo a localização dos balcões que a CGD vai encerrar. Serão 70 este ano, dos quais já se conhece metade. Sobre os restantes, a CGD continua em silêncio.

Populações, autarcas e deputados. Todos exigem conhecer a lista completa dos balcões que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai encerrar, além dos critérios usados na escolha das agências a fechar. Mas o banco liderado por Paulo Macedo mantém o silêncio. Revelou apenas que serão 70 agências até ao final deste ano, das quais já se conhece a localização de metade das que vão fechar portas.

Ainda não há uma lista completa dos balcões da CGD a encerrar. Os nomes (que são 35, até agora) vão sendo conhecidos pelos protestos das populações contra o fecho das agências e pelas críticas das autarquias por não receberem qualquer tipo de informação oficial por parte da equipa liderada por Paulo Macedo. No Parlamento, deputados dos vários partidos vão enviando perguntas ao Governo, o maior acionista da instituição financeira, a pedir explicações.

Veja o mapa com as 35 agências que já se sabe que vão fechar:

Enquanto Viseu, Vila Nova de Gaia e Coimbra vão perder dois balcões cada, o banco estatal vai fechar pelo menos três agências em Braga e Lisboa, cada. Contudo, têm sido os moradores de Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, e de Pedras Salgadas, concelho de Vila Pouca de Aguiar — que foram as primeiras localizações a serem conhecidas — que têm reforçado os protestos, nomeadamente na capital.

Já em Loures, a autarquia enviou uma carta a Paulo Macedo a explicar as consequências do encerramento do balcão do Prior Velho. Mas também de Sacavém, revelou a União das Freguesias de Sacavém e Prior Velho, esta quarta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças.

Governo “não intervém nem intervirá”

Foi nesta audiência que choveram críticas da esquerda à direita, tanto ao silêncio da administração do banco estatal como à falta de intervenção por parte do Governo, o maior acionista da CGD. Enquanto o PSD “ainda aguarda” que o Governo responda a dois requerimentos para que seja enviada a lista completa e o estudo da CGD para o encerramento dos balcões, a esquerda falou em “falta de transparência”.

Mariana Mortágua, do BE, disse que “nem os autarcas nem o Parlamento tiveram acesso à lista de balcões a encerrar” e considera que este processo foi “feito em cima da hora para evitar consternação”. Já Miguel Tiago, do PCP, afirmou que o “Governo não pode demitir-se de acompanhar o processo”. Contudo, esta não é a posição do Executivo. “Se é aquele ou este balcão que vai encerrar, essa é uma matéria sobre a qual o Governo não intervém nem intervirá”, afirmou o primeiro-ministro no debate quinzenal.

O número de balcões a fechar este ano fica dentro do intervalo que já tinha sido avançado por Paulo Macedo em entrevista ao ECO24. “Será entre 70 e 80, em 2018”, disse então o gestor. Recorde-se que, no ano passado, em resultado do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas no âmbito da injeção de 5.000 milhões de euros no banco, a CGD fechou 64 balcões.

De acordo com o banco estatal, “as agências a encerrar foram objeto de análise e, além da sua atividade e resultado económico, foram tidas em consideração questões como as acessibilidades a outras agências da CGD e a mobilidade da população, resultando deste facto que a maioria das agências a encerrar se situe nos maiores centros urbanos do país, com destaque para a Grande Lisboa e o Grande Porto”, refere ainda a CGD. “O banco está, pois, a promover a crescente interação com os clientes à distância.”

Conheça os 35 dos 70 balcões que vão fechar este ano:

  1. Alhandra, Vila Franca de Xira
  2. Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar
  3. Louriçal, Alenquer
  4. Darque, Viana do Castelo
  5. Rua Formosa, Viseu
  6. Abraveses, Viseu
  7. Alves Roçadas, Vila Real
  8. Prior Velho, Loures
  9. Grijó, Vila Nova de Gaia
  10. Arcozelo, Vila Nova de Gaia
  11. Avenida Estados Unidos da América, Lisboa
  12. Carregado, Alenquer
  13. Avanca, Estarreja
  14. Colos, Odemira
  15. São Vicente da Beira, Castelo Branco
  16. Arcozelo, Barcelos
  17. Rio Meão, Santa Maria da Feira
  18. Desterro, Lamego
  19. Instituto Superior Técnico, Lisboa
  20. ISCTE, Lisboa
  21. Universidade de Aveiro
  22. Rua Saraiva Carvalho (Campo de Ourique), Lisboa
  23. Nogueira do Cravo, Oliveira do Hospital
  24. Samora Correia, Benavente
  25. Fernão Ferro, Seixal
  26. Caniço, Santa Cruz (Madeira)
  27. Praça da República, Coimbra
  28. Ferreira Borges, Coimbra
  29. Nogueira, Braga
  30. Celeirós, Braga
  31. São Vicente, Braga
  32. Perafita, Matosinhos
  33. Praça da República, Caldas da Rainha
  34. Amato Lusitano, Castelo Branco
  35. Sacavém, Loures

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Um a um, já se sabe onde fecham metade dos 70 balcões da CGD. Veja o mapa

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião