BCP arrasta Lisboa, Draghi penaliza Europa

O BCE teme o impacto do protecionismo sobre o comércio global e antecipa outros riscos geopolíticos. As bolsas europeias fecharam a cair perto de 1%.

A praça lisboeta fecha em queda esta quinta-feira, numa sessão em que o BCP desvalorizou pela quarta vez consecutiva. Lisboa acompanhou, assim, a tendência negativa que se fez sentir no resto da Europa, num dia em que o Banco Central Europeu (BCE) fez uma análise pessimista quanto à evolução da economia global.

O PSI-20 fechou a cair 0,67%, para os 5.554,33 pontos, com apenas quatro cotadas em alta, uma inalterada e as restantes em queda.

A contribuir para este movimento esteve o BCP, que encerrou em queda pela quarta sessão consecutiva. O banco liderado por Nuno Amado recuou 1,7%, para os 25,5 cêntimos por ação, num dia em que o setor bancário europeu desvalorizou de forma generalizada.

Também a Jerónimo Martins e a Mota Engil arrastaram a bolsa, ao afundarem 2,37% e 3,80%, respetivamente.

A penalizar o principal índice acionista português esteve também a Galp, que perdeu 0,28%, para os 16,20 euros por ação. Ainda no setor energético, a EDP Renováveis desvalorizou 0,39%, para os 8,84 euros por ação. Já a EDP e REN contrariam esta tendência, ao somarem 0,29% e 0,93%, respetivamente.

No resto da Europa, o sentimento também foi negativo, depois de o BCE ter divulgado um boletim económico pessimista. “As perspetivas no curto prazo de maior protecionismo comercial aumentaram, o que pode ter um impacto significativo na atividade e comércio globais”, considera a instituição liderada por Mario Draghi. “Outros riscos estão relacionados com a possibilidade de uma deterioração das condições financeiras globais, problemas associados ao processo de reforma da China e incertezas geopolíticas associadas”, acrescentou.

O Stoxx 600 fechou assim a cair perto de 1%, com a maioria das principais praças europeias a acompanharem esta tendência.

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