Concessionária da ponte em Génova afunda quase 25% em bolsa. Empresa critica Governo por não esperar pelos resultados do inquérito

  • ECO
  • 16 Agosto 2018

A Atlantia critica a atuação do Governo pore ter avançado com a decisão de revogar a concessão da A10 na ausência de provas sobre as “causas do sucedido”.

A companhia italiana Atlantia que controla a concessionária de autoestradas Autostrade per l’Italia advertiu esta quinta-feira o Governo italiano que a decisão de revogar as concessões após a queda da ponte de Génova vai prejudicar os acionistas. As ações da empresa afundam em bolsa quase 25%.

Através de um comunicado a Atlantia lamentou o início de procedimentos no sentido da revogação da concessão à Autostrade per l’Italia porque, reclama, a medida foi anunciada sem que tenha sido feita previamente uma “argumentação especifica” e na ausência de provas sobre as “causas do sucedido”. A empresa está desde o incidente a ser fortemente fustigada em bolsa e esta quinta-feira não é exceção. As ações caem 24,92% para os 17,67 euros.

Ações da Atlantia caem quase 25%

A empresa de gestão de infraestruturas tinha como responsabilidade a manutenção da ponte que se desmoronou na terça-feira e que provocou pelo menos 38 mortos. A Atlantia acrescenta que se a revogação é posta em prática “a concessionária vai ter de reavaliar o valor residual da concessão por causa da aplicação de eventuais indemnizações”.

O comunicado refere também que a formulação do anúncio do Governo pode vir a ter impacto para os acionistas e obrigacionistas da sociedade, que a Atlantia tem de “proteger”.

O vice-primeiro-ministro e ministro para o Desenvolvimento Económico, Luigi di Maio, disse que “existem todos os motivos para que o Estado não tenha que pagar qualquer indemnização” referindo-se à responsabilidade da concessionária. “Perante os mortos não existem cláusulas”, acrescentou Di Maio numa entrevista à estação Radio24.

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