Pedro Queiroz Pereira homenageado com prémio carreira a título póstumo
Os Investor Relations & Governance Awards homeagearam o empresário fundador da Semapa com o prémio Lifetime Achievement em Mercados Financeiros.
O júri dos Investor Relations & Governance Awards (IRGA), uma iniciativa de Deloitte que visa premiar as personalidades e empresas que se destacaram no ano passado, homenageou o empresário Pedro Queiroz Pereira, que morreu no mês passado em Espanha, com o prémio Lifetime Achievement em Mercados Financeiros.
“Discreto, humilde, conhecedor dos seus limites, trabalhador, (…) tornou-se num dos maiores e bem-sucedidos gestores portugueses. Separou a família da festão das empresas. (…) Criou valor e para o país que amava. Dinamizou a economia nacional, contribuiu para o crescimento económico e para a criação emprego. Ajudou a desenvolver dos mercados de capitas. Por todas estas razões, o júri, em reunião realizada a 19 de julho, decidiu atribuir o prémio Lifetime Achievement em Mercados Financeiros a Pedro Queiroz Pereira”, explicou Vítor Bento na atribuição deste galardão.
Para receber o prémio subiu ao palco as três filhas de Pedro Queiroz Pereira: Filipa, Mafalda e Lua. “O nosso pai adorava a vida e a nossa família. Por outro lado, as empresas e as outras pessoas com quem trabalhava eram a sua outra família”, começou por dizer Filipa. Pedro Queiroz Pereira “era uma pessoa que tinha a capacidade de assumir riscos, aventureira. Tinha uma capacidade de se rodear dos melhores profissionais. Não gostava de mediatismo. Costumava dizer que em todo o sucesso há uma forte componente de sorte. Hoje, se aqui estivesse, estaria a destaca-la, assim como destacaria o empenho de todos os trabalhadores do grupo”, disse ainda emocionada.
Queiroz Pereira, fundador do grupo Semapa, que controla a Navigator e a cimenteira Secil, morreu no passado dia 18 de agosto, em Ibiza, vítima de um enfarte que o fez cair de uma escadaria no seu iate.
"Pedro Queiroz Pereira era uma pessoa que tinha a capacidade de assumir riscos, aventureira. Tinha uma capacidade de se rodear dos melhores profissionais. Não gostava de mediatismo. Costumava dizer que em todo o sucesso há uma forte componente de sorte. Hoje, se aqui estivesse, estaria a destaca-la, assim como destacaria o empenho de todos os trabalhadores do grupo.”
No ranking publicado em julho pela revista Forbes, Pedro Queiroz Pereira, como era conhecido, aparecia como o quinto na lista das maiores fortunas em Portugal, avaliada em 1.129 milhões de euros. Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.
O prémio foi atribuído a título póstumo na 31º edição dos IRGA pelo júri presidido pelo economista Vítor Bento, com o colégio de jurados a ser composto ainda por António Gomes Mota, António Saraiva, Clara Raposo, Duarte Pitta Ferraz, Esmeralda Dourado, João Moreira Rato, Luís Amado, Nuno Fernandes e Patrícia Teixeira Lopes.
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