Parlamento chumba deputado do PS para a ERSE. Costa tinha prometido que Governo não seria “autista”

PS foi único a votar a favor da nomeação de Carlos Pereira para a ERSE. Todos os outros partidos deram luz verde ao relatório do PCP, desfavorável a nomeação.

O Partido Socialista foi único a votar a favor da nomeação de Carlos Pereira para a ERSE esta quarta-feira, tendo a sua nomeação sido chumbada. Todos os outros partidos deram luz verde ao relatório do PCP, desfavorável a nomeação.

A proposta de parecer da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas é desfavorável à nomeação do deputado socialista Carlos Pereira para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira. “Das opiniões e considerações dos partidos expressas durante as audições, pode concluir-se que não reúne consenso a personalidade indicada pelo Governo para o cargo de vogal do Conselho de Administração da ERSE, emitindo-se assim parecer desfavorável à nomeação”, indica a proposta de parecer distribuída aos deputados e e apreciada esta quarta-feira.

O parecer recorda ainda todo o processo desde a nomeação. A escolha do Executivo, liderado pelo socialista António Costa, foi conhecida a 8 de outubro, tendo sido marcada para dois depois uma audição a Carlos Pereira na comissão de Economia. Porém, esse encontro acabou por ser adiado para antes ouvir o então ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, no âmbito de requerimentos apresentados pelo PCP e pelo CDS-PP e aprovados por unanimidade.

A 8 de outubro, o ECO dava conta de que Carlos Pereira seria indigitado pelo Governo para vogal da Entidade Reguladora da Energia. Pereira é deputado e ex-presidente do PS Madeira, e ficou conhecido como relator da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. No entanto, poucos dias depois, o Expresso avançava que o PS poderia ficar isolado no apoio ao deputado.

No debate quinzenal, a 10 de outubro, António Costa sublinhava que, ainda que o parecer do Parlamento não fosse vinculativo, “o Governo não é autista”, dando a entender que a opinião dos deputados poderia pesar na decisão do Governo.

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