Governo quer acabar com dívida dos hospitais em 2019
A equipa do Ministério da Saúde está esta tarde no Parlamento a apresentar o Orçamento para 2019. No final deste ano, as dívidas a fornecedores devem atingir os 400 a 450 milhões de euros.
O Governo prevê que a dívida dos hospitais a fornecedores deve chegar ao final do ano a rondar 400 a 450 milhões de euros e estima eliminá-la durante o próximo ano.
O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, disse esta tarde no Parlamento que, dos 500 milhões injetados nos hospitais, “100 milhões de euros já foram pagos e 400 milhões de euros serão provavelmente pagos até ao final do mês”.
Depois de fechar o terceiro trimestre com uma dívida a fornecedores superior a 800 milhões e euros, o Executivo espera que esta se situe “entre 400 e 450 milhões de euros no final do ano”. Para que “ao longo e 2019 esse valor possa ser também ser eliminado”, acrescentado.
De acordo com a Direção-Geral do Orçamento (DGO), as dívidas dos hospitais aos fornecedores somavam no final de setembro 859 milhões de euros, mais 86 milhões do que o montante acumulado até agosto, mas menos 102 milhões de euros do que um ano antes.
Durante o debate no Parlamento, as obras na ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, foram o tema que gerou mais polémica. A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu que o Governo se empenhará em “não ter atrasos imputáveis ao procedimento” para lançar a empreitada. Até ao final de janeiro a responsável da pasta, que tomou posse a 15 de outubro, terá na sua mesa o projeto revisto. Só depois, o Governo pode avançar para o lançamento da obra. Marta Temido adiantou que o Governo está a estudar uma solução “ágil” que dentro da lei seja uma alternativa ao lançamento de um concurso público internacional (processo que leva um ano).
A governante esclareceu ainda que no Orçamento do Estado para 2019 não consta qualquer verba para o São João porque esta já estava no OE 2018 e foi transferida para o hospital.
A ministra prometeu ainda para depois do Orçamento do Estado para 2019, a aprovação de uma nova Lei de Bases da Saúde. Marta Temido rejeitou ainda que o Orçamento para o setor seja insuficiente.
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