Novo Banco acumula prejuízos de 420 milhões até setembro

O Novo Banco registou prejuízos de 419,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, em linha com os resultados líquidos negativos obtidos no mesmo período do ano passado.

O Novo Banco registou prejuízos de 419,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, em linha com os resultados negativos obtidos no mesmo período do ano passado. Imparidades para ativos problemáticos como o crédito continuam a pressionar as contas do banco liderado por António Ramalho.

O banco diz que excluindo efeitos extraordinários teria registado prejuízos de quase 148 milhões de euros.

Acabaram por agravar assim as contas do banco três fatores: -81,8 milhões de euros do efeito negativo das ofertas de aquisição e de troca de dívida, -31 milhões de euros de anulação de prejuízos fiscais reportáveis e -159 milhões de reavaliação de imóveis (relacionada com a venda da carteira de imóveis).

Em relação à parte operacional da instituição, o Novo Banco viu a margem financeira (diferença entre juros recebidos nos empréstimos e juros pagos nos depósitos) aumentar mais de 5% para 300,7 milhões de euros, enquanto o produto bancário comercial cresceu 3,9% para 537,2 milhões de euros.

No que toca ao crédito a clientes, a instituição que é detida em 75% pelo Lone Star e 25% pelo Fundo de Resolução viu a stock cair em 1,5 mil milhões de euros em termos homólogos. O banco justifica esta queda com a venda de crédito malparado na casa dos 1,1 mil milhões de euros.

Aliás, no capítulo do crédito não produtivo, o Novo Banco diz que o rácio de malparado caiu para 27,7%, menos quatro pontos percentuais face a setembro de 2017. Por sua vez, o rácio de cobertura por imparidade aumentou para 63,5%. Isto acontece numa altura em que se prepara para fechar a venda de duas carteiras destes ativos tóxicos: uma de 1.700 milhões (Projeto Nata) e outra de 400 milhões (Albatros).

O banco diz que as imparidades ascenderam a 456,2 milhões de euros, que comparam com o registo de 563,2 milhões no período homólogo. A imparidade para crédito totalizou 232,6 milhões, enquanto as outras provisões, no valor de 208,4 milhões, incluem o impacto relativo à assinatura do contrato-promessa para a venda de uma carteira de ativos imobiliários (Projeto Viriato).

Quanto aos depósitos, o Novo Banco observa um aumento de 13% para 29,5 mil milhões, dos quais 1,8 mil milhões de euros dizem respeito à operação de troca de obrigações por depósitos que o banco levou a cabo no verão de 2017.

A 30 de setembro, o banco apresentava um rácio de capital CET1 de 13,5% e um rácio de capital total de 15,2%. “O Novo Banco cumpre todos os rácios de capital exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE) no âmbito do Processo de Análise e Avaliação pelo Supervisor (SREP – Supervisory Reviewand Evaluation Process)”, garante António Ramalho.

(Notícia atualizada às 18h29)

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