Em ano de eleições, PR apela ao voto e aconselha candidatos a “analisarem percurso passado”

Analisem o vosso "percurso passado". Foi esse o recado deixado pelo Presidente da República, na tradicional mensagem de Ano Novo, aos candidatos que participarão nas eleições marcadas para 2019.

Marcelo Rebelo de Sousa deu o tiro de partido para 2019, ano que será marcado por três idas às urnas, com um recado para aqueles que decidam participar nessas corridas. “Se quiserem ser candidatos, analisem com cuidado o vosso percurso passado e assumam o compromisso de não desiludir os vossos eleitores”, sublinhou o Presidente da República, na sua tradicional mensagem de Ano Novo. O chefe de Estado aproveitou também a ocasião para repetir o apelo ao voto.

“As vossas escolhas irão decidir o nosso destino durante quatro anos, nas eleições para a Assembleia da República e para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira e muito da nossa presença na Europa, durante cinco anos, nas eleições para o Parlamento Europeu”, salientou o Presidente.

O ano de 2019 será marcado por três eleições: a 26 de maio acontecem as europeias, a 22 de setembro a corrida à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira e a 6 de outubro as eleições legislativas.

“Votem. Não se demitam de um direito que é vosso, dando mais poder a outros do que aquele que devem ter. Pensem em vós, mas também nos vossos filhos e netos; olhem para amanhã e depois de amanhã e não só para hoje”, frisou, por isso, o Presidente da República.

Aos candidatos, o chefe de Estado também deixou uma mensagem, pedindo-lhes que façam uma reflexão sobre os seus históricos. “Se quiserem ser candidatos, analisem com cuidado o vosso percurso passado e assumam o compromisso de não desiludir os vossos eleitores”, reforçou, referindo que é fácil destruir a democracia com “arrogâncias intoleráveis, promessas impossíveis, apelos sem realismo, radicalismos temerários e riscos indesejáveis”.

Apelo ao “bom senso”

Marcelo pediu ainda “bom senso” a quem participar nessas corridas, notando que tal sentimento “não é incompatível com ambição”. Aliás, o Presidente da República defendeu mesmo que Portugal deve ser ambicioso na preparação da economia nacional “para enfrentar qualquer crise que nos chegue” e na convergência com a Europa. Isto quando a Europa “fica mais pobre” com o Brexit.

“Ponto de encontro entre povos, economia mais forte, sociedade mais justa, política e políticos mais confiáveis. Será pedir muito a todos nós, neste ano de 2019? Não, não é“, afirmou o Presidente.

Greves, sim. Não a todo o custo

Além disso, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que os portugueses devem “chamar a atenção dos que querem ver eleitos” para os seus direitos, não só através da opinião, mas também através da manifestação e greve.

“Mas respeitem sempre os outros, os que de vós discordam e os que podem sofrer as consequências dos vossos meios de luta”, aconselhou o Presidente da República, num momento em que o país tem enfrentado múltiplas paralisações em setores tão críticos como o dos enfermeiros cirúrgicos (que provocou o adiamento de cerca de 10 mil cirurgias) e dos transportes ferroviários.

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