Obras no Humberto Delgado avançam no final de 2019

Concluída a ampliação do Humberto Delgado e a construção do aeroporto do Montijo, a região de Lisboa deverá ultrapassar os 50 milhões de passageiros por ano.

As obras de ampliação do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vão arrancar ainda no final deste ano, antes de ter início a construção do aeroporto complementar de Lisboa, no Montijo. A informação foi avançada, esta terça-feira, por Nicolas Notebaert, presidente executivo da Vinci Concessions, durante a assinatura do memorando de entendimento que define o modelo de financiamento da expansão aeroportuária de Lisboa.

O responsável, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia que decorreu esta tarde, na base aérea do Montijo, assume que, durante este verão, o aeroporto de Lisboa vai continuar a operar num estado de saturação, mas explica que a melhor solução é avançar com as obras numa época de menor movimento. “Não é mágico, mas haverá medidas operacionais para fazer com que o verão seja bem-sucedido. Temos as nossas equipas totalmente dedicadas para que o verão seja um sucesso total. Seria pior começar os trabalhos imediatamente antes do verão”, explica Nicolas Notebaert.

A operação de ampliação do aeroporto principal de Lisboa arranca, assim, no final de 2019, decorrendo ao longo dos próximos anos. “Serão trabalhos regulares. Algumas das obras estarão concluídas antes da abertura do Montijo, outras já depois desta inauguração. Serão duas fases. Uma imediata, para oferecer nova capacidade, e a segunda após a abertura do Montijo, para permitir ainda mais capacidade”, explica Nicolas Notebaert.

Já as obras para a conversão da base aérea do Montijo num aeroporto civil só começarão no próximo ano, devendo estar concluídas em 2022. Este servirá como um aeroporto para companhias “ponto a ponto”, isto é, sem correspondências. Para atrair as companhias aéreas, as taxas cobradas no Montijo serão 15% a 20% mais baixas do que as praticadas em Lisboa, mas não é ainda conhecido quem irá para a margem sul do Tejo.

“As companhias aéreas estão interessadas em crescer. Vamos oferecer novas slots aqui e muitas vão decidir crescer aqui. Vão decidir no seu devido tempo, mas sei que várias estão interessadas“, disse apenas o responsável da Vinci.

O acordo assinado esta terça-feira prevê que a ANA – Aeroportos de Portugal, detida na totalidade pela Vinci, invista um total de 1.747 milhões de euros. Deste montante, 1.326 milhões serão investidos numa primeira fase, até ao ano de 2028, enquanto os restantes 421 milhões serão investidos ao longo de todo o período de concessão dos aeroportos, até ao ano de 2062. Do montante total a investir na primeira fase, a maior fatia (650 milhões) será destinada ao aeroporto Humberto Delgado, onde a ANA vai triplicar o ritmo de investimentos que irá fazer até 2028. Para o Montijo, está previsto investir um total de 520 milhões de euros, para além de outros 156 milhões compensar a Força Aérea pela ocupação do Montijo e para melhorar os acessos aos dois aeroportos.

Concluída a ampliação do Humberto Delgado e a construção do aeroporto do Montijo, a região de Lisboa passará a operar 72 voos por hora. O objetivo é ultrapassar os 50 milhões de passageiros ao longo da próxima década.

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