Lacerda não faz futurologia, mas espera que “a maioria do Parlamento vote contra” a nacionalização
Ainda que diga que não sabe o que vai acontecer no Parlamento, o presidente dos CTT afirma estar confiante que a maioria vote "contra essas iniciativas" de nacionalização da empresa.
A nacionalização dos CTT volta, esta quinta-feira, a estar na ordem do dia, sendo tema de debate na Assembleia da República. Francisco de Lacerda, presidente dos CTT, afirmou, acredita que “a maioria do Parlamento vote contra essas iniciativas”. Além disso, considera que não é o facto de ser público ou privado que resolve o que quer que seja.
“Não posso estar aqui a fazer futurologia sobre o que os deputados vão votar amanhã (…) Mas, tenho uma expectativa que a maioria do Parlamento vote contra essas iniciativas amanhã”, afirmou Lacerda, acrescentando que se baseia nas declarações que ouviu sobre este assunto, “a começar pelas do primeiro-ministro”.
Francisco de Lacerda disse que é preciso separar dois tipos de temas no que diz respeito à nacionalização. Em primeiro lugar, os temas ideológicos, “e sobre isso, cada um vota de acordo com a sua ideologia e eu não tenho poder de voto no Parlamento”, referiu.
E, em segundo lugar, “os temas mais objetivos”, nomeadamente o encerramento de lojas e o da qualidade do serviço. Sobre as lojas, Lacerda salientou que os CTT estão preocupados com as pessoas. “Nós não estamos a abandonar as populações, muito pelo contrário”. Por outro lado, sobre a qualidade do serviço, o presidente dos CTT afirmou que não existe nenhum problema.
“Nós não temos um problema gravíssimo de qualidade de serviço, nem ao nível do tempo de atendimento em loja, nem na distribuição do correio”, disse. “De acordo com os nossos indicadores, tanto um tema como outro mostram uma evolução positiva”, acrescentou.
“Em primeiro lugar, os grandes pressupostos não se aplicam e, em segundo, eu não considero que seja a propriedade de ser público ou privado que resolve ou não resolve estes assuntos“, afirmou, acrescentando que o que resolve estes assuntos é, sim, “cumprir ou não cumprir o contrato de serviço público através da concessão que existe”.
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