CTT fecham 70 lojas. Lacerda diz que “não está a abandonar as pessoas, antes pelo contrário”

Mesmo com 70 lojas encerradas em 2018, Francisco de Lacerda reforçou que, no ano passado, havia mais 66 pontos CTT do que em 2014.

Perante a polémica sobre o fecho de balcões, Francisco de Lacerda diz que “os CTT não estão a abandonar as pessoas, antes pelo contrário”. De acordo com o presidente da empresa, comparativamente a 2014, no ano passado registou-se inclusive um aumento de 66 pontos CTT. Já relativamente a 2017, verificou-se um aumento de 14 pontos CTT.

Perante estas conclusões, “não só não há um abandono, como há um reforço”, disse Lacerda, durante a apresentação das contas do ano passado, período em que os lucros afundaram 28% para 19,6 milhões de euros. No ano passado, a empresa contava com 2.383 pontos CTT no país.

Lacerda rebate assim as críticas ao encerramento de postos, críticas essas que têm feito levantar vozes quem pedem a renacionalização dos CTT. Recorde-se que recentemente a Anacom revelou que a empresa de correios terminou o ano de 2018 com 33 concelhos sem pelo menos uma estação de correio, quando, em 2017, eram apenas dois. E que antecipava que o número de concelhos sem estações de correio iria subir. Nesse sentido, exige que haja pelo menos um posto de correio por concelho.

À boleia das encomendas

Outra das críticas que têm recaído sobre a qualidade do serviço da empresa. Francisco de Lacerda rebate, notando que “não tem um problema gravíssimo de qualidade de serviço, nem no tempo de atendimento em loja, nem na distribuição de correio”.

O correio está a ser o Calcanhar de Aquiles, “mas, felizmente, as encomendas sobem”, afirmou, acrescentando que a explosão do comércio eletrónico em Portugal — ainda que um aumento mais limitado quando comparado com outros países europeus fará, certamente, subir as encomendas.

“Entre 2016 e 2018, crescemos 40% no número de objetos que transportamos nesta área de encomendas”, disse o presidente dos CTT, recordando a trajetória de desenvolvimento das encomendas.

Ainda assim, Lacerda sublinhou que “a principal área de atividade continua a ser o correio, mas os pilares de crescimento são as encomendas e o Banco CTT”. “Queremos ser fortes nas três áreas de negócio [correio, encomendas, banco e serviços financeiros]. Abraçar uma não é abandonar outra”, referiu.

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