Socialistas querem avaliação às condições de trabalho nos call centers
Estão também na Assembleia projetos de resolução do PCP, Bloco de Esquerda e PEV que pedem ao Governo para criar regulamentação sobre a profissão e que recomenda a intervenção da ACT.
O Partido Socialista quer que o Governo avalie os problemas e dificuldades no trabalho em call centers em Portugal, segundo noticia o Jornal de Negócios (acesso pago). O tema vai ser discutido esta quinta-feira no Parlamento, depois de outros três partidos (PCP, PEV e BE) terem apresentado também projeções para um reforço da regulamentação da profissão, que conta com mais de 80 mil trabalhadores.
O projeto de resolução que será entregue na Assembleia da República, e a que o Negócios teve acesso, propõe que seja analisada a forma como o trabalho efetuado em centros de contacto telefónico está a afetar o bem-estar físico e psicológico dos trabalhadores. O foco será tanto o equipamento do posto de trabalho, como as suas características ergonómicas, condições ambientais e organização do trabalho.
O Sindicato de Trabalhadores de Call Centers já tinha entregado aos deputados, em 2016, uma petição (cerca de cinco mil assinaturas) em que pedia a regulamentação da atividade profissional. O objetivo do sindicato é que passe a ter um estatuto de profissão de desgaste rápido, mas também que o tempo máximo de trabalho em linha fosse limitado a 75% e o direito a seis minutos de intervalo por cada hora ao telefone, como explica o diário.
O pedido começou a ser discutido no Parlamento no final de janeiro. Estão também na Assembleia projetos de resolução do PCP, Bloco de Esquerda e PEV que pedem ao Governo para criar regulamentação sobre a profissão e que recomenda a intervenção da Autoridade para Condições do Trabalho (ACT).
“Para legislar bem, é preciso primeiro conhecer bem a realidade”, disse ao Negócios a deputada Vanda Guimarães, vice-presidente do PS, com a área laboral, como justificação para pedirem uma avaliação do setor antes da legislação. Os últimos dados da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) indicam que existiam 64.772 postos de atendimento, empregando 81.615 pessoas, com um volume de negócios estimado de 1.166 milhões de euros, no território português em 2017.
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