Justiça húngara decide extraditar Rui Pinto para Portugal. Hacker vai recorrer

  • Lusa e ECO
  • 5 Março 2019

O português Rui Pinto, colaborador do "Football Leaks", vai ser extraditado para Portugal, onde deverá ser julgado, decidiu esta terça-feira a justiça húngara. O hacker vai recorrer da decisão.

O português Rui Pinto, colaborador do “Football Leaks”, vai ser extraditado para Portugal, onde deverá ser julgado, decidiu esta terça-feira a justiça húngara. A defesa do hacker já disse que vai recorrer da decisão.

A decisão foi anunciada pelo tribunal metropolitano de Budapeste, no final de uma sessão em que as partes apresentaram argumentos contra e a favor da extradição do português, que vive na Hungria. Rui Pinto está em prisão domiciliária em Budapeste desde 18 de janeiro, na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Mas a defesa de Rui Pinto já informou que vai recorrer da decisão. “Já foi apresentado recurso, devendo o tribunal superior decidir num curto prazo de tempo”, informou Francisco Teixeira da Mota, advogado, em comunicado enviado ao Público.

Na base do mandado estão o acesso aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de jogadores do Sporting e do então treinador Jorge Jesus, assim como de contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.

Em 13 de fevereiro, o tribunal húngaro rejeitou o recurso do Ministério Público daquele país para que Rui Pinto passasse a prisão preventiva, mantendo o português em prisão domiciliária, enquanto aguardava o desenrolar do processo de extradição para Portugal, ao qual se opôs.

Rui Pinto terá acedido, em setembro de 2015, ao sistema informático da Doyen Sports Investements Limited, com sede em Malta, que celebra contratos com clubes de futebol e Sociedades Anónimas Desportivas (SAD).

O hacker é também suspeito de aceder ao email de elementos do conselho de administração e do departamento jurídico do Sporting e, consequentemente, ao sistema informático da SAD leonina. Está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada.

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