Portugal pretende emitir até 1,5 mil milhões de euros em dívida de curto prazo na quarta-feira

Este será o último leilão de Bilhetes do Tesouro no primeiro trimestre do ano. Numa altura de queda para os juros da dívida, o Tesouro vai colocar títulos a seis e 12 meses.

O Tesouro português vai ao mercado dívida pública de curto na prazo na próxima semana, depois de se ter financiado em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos ao custo mais baixo de sempre. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou que irá realizar um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 20 de março pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em 20 de setembro de 2019 e 20 de março de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros“, anunciou a agência, em comunicado.

O último leilão de dívida comparável aconteceu a 16 de janeiro, quando o Tesouro emitiu 1.750 milhões de euros. Nos títulos a 12 meses, conseguiu uma taxa de juro de -0,36% e a procura superou a oferta em 1,82 vezes. Já no caso das BT a seis meses, o juro foi de -0,399% e a procura foi duas vezes superior à oferta.

Este será a última colocação de Bilhetes do Tesouro no primeiro trimestre do ano. Segundo o IGCP, o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado para todo o ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros. Destes, quatro mil milhões foram logo na primeira colocação, através de dívida sindicada.

A emissão irá também acontecer numa altura de quebra nos juros pagos por Portugal. Nos leilões de BT, Portugal tem conseguido sempre juros negativos em novas emissões e nas OT nunca se financiou a um custo mais baixo, em linha com a performance em mercado secundário. A yield da dívida portuguesa a 10 anos negoceia esta sexta-feira num novo mínimo histórico de 1,31%.

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