Falta de combustível também pode afetar metro de Lisboa (se não houver diesel em 15 dias)
Não é uma vítima óbvia da crise no abastecimento de combustíveis, mas o problema também pode afetar o metro de Lisboa. Falta prolongada de diesel pode impedir manutenção das linhas.
Anda a energia elétrica, mas a falta de combustível também pode vir a afetar o Metropolitano de Lisboa. Até agora, está a operar com normalidade, mas ao ECO, a empresa revela que uma prolongada falta de abastecimento de combustível pode ter impacto, isto porque os veículos utilizados na manutenção das linhas andam a diesel.
O Metro de Lisboa “não identificou, até à data, qualquer impacto na sua operação de transporte de passageiros, nem nas atividades de manutenção e assistência técnica, resultante da greve dos transportadores rodoviários de materiais perigosos”, começa por esclarecer a empresa, ao ECO. E a explicação é simples: a “rede operada pelo Metropolitano de Lisboa funciona apenas com energia elétrica”.
Contudo, se a situação se mantiver, pode haver perturbações. “Uma prolongada falta de abastecimento de combustível poderá vir a ter impacto direto na utilização de veículos ferroviários de manutenção de via, equipados com motores diesel“, explica o Metro de Lisboa.
"No limite (o Metro estima cerca de 15 dias de autonomia), poderá ocasionar a supressão da circulação de alguns comboios por incapacidade de reparação ou manutenção regular dos mesmos e da própria infraestrutura (via).”
Acrescenta que o diesel é também utilizado em “alguns veículos ligeiros de transporte de materiais para manutenção de equipamentos e estações”.
“No limite (o Metro estima cerca de 15 dias de autonomia), poderá ocasionar a supressão da circulação de alguns comboios por incapacidade de reparação ou manutenção regular dos mesmos e da própria infraestrutura (via)”, remata.
Recorde-se que a greve dos motoristas de veículos de transporte de matérias perigosas começou às zero horas de segunda-feira, tendo já levado a grandes falhas na disponibilização de combustíveis devido à corrida às bombas.
Apesar de o Governo ter avançado com uma requisição civil, esta acabou por não ser acatada. Ainda antes de uma reunião em que acabou por ser alcançado um acordo para os serviços mínimos, o Executivo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos.
Entretanto, perante os efeitos da greve, o primeiro-ministro admitiu alargar os serviços mínimos. O Presidente da República também já veio apelar a que esse alargamento aconteça, não só chegando a todo o país, mas também a outros setores.
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