Dona da CUF vê lucros a encolher. Ganhou 15 milhões

  • Lusa e ECO
  • 25 Abril 2019

A José de Mello Saúde registou um aumento de 7,2% nos proveitos operacionais, ascendendo a 683,1 milhões de euros em 2018. Os custos cresceram mais.

A José de Mello Saúde ganhou menos no ano passado. A dona da CUF revelou uma quebra de 32% nos lucros de 2018, face ao ano anterior, para os 15,8 milhões de euros, isto num período em que os custos aceleraram.

“Os proveitos operacionais consolidados atingiram os 683,1 milhões de euros em 2018, um crescimento de 7,2% versus o período homólogo, como resultado do desempenho positivo em todas as áreas de atuação da atividade assistencial”, diz a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Por seu lado, “os custos operacionais atingiram 612 milhões, um aumento de 8,2% face ao ano anterior”. Desta forma, e apesar do forte investimento, o EBITDA manteve-se em linha com o ano anterior em 71,2 milhões, menos 1,2% face a 2017, o que representa um decréscimo da margem EBITDA em 0,9 p.p.”, refere.

O total de investimento realizado em 2018 foi de 81,2 milhões. Só na expansão totalizou 65,7 milhões e consistiu nas obras do novo edifício do Hospital CUF Descobertas, inaugurado em julho de 2018, e do Hospital CUF Coimbra, assim como na construção dos Hospitais CUF Sintra e CUF Tejo e na expansão do Hospital CUF Torres Vedras.

Mais consultas na CUF

No ano passado, a José de Mello Saúde realizou 2,640 milhões de consultas, mais 8,5% que em 2017. E a maioria destas consultas foi realizada pelo setor privado (CUF), que registou um aumento de 10% para mais de dois milhões, enquanto as feitas nos hospitais geridos em regime de parceria público-privada aumentaram 3,7%, para 618 mil.

A informação divulgada pela José de Mello dá também conta de um aumento do recurso às suas urgências, em 4,9%, para 690,5 milhares, de cirurgias em 6,5%, para 98,9 milhares, de um aumento dos dias de internamento em 5,3%, para 494,9 milhares, e dos doentes saídos de internamento, em 15,4%, para 86,8 milhares, bem como dos partos realizados, em 0,7%, para 7,8 milhares.

O total de cirurgias feitas dividiu-se entre 56,6 milhares na CUF e 42,4 milhares no regime das parcerias.

Na parte relativa às parcerias público-privadas, o grupo salientou ainda um aumento “significativo” dos custos com pessoal e produtos farmacêuticos no Hospital de Braga, devido à não revalidação pela Administração Regional de Saúde do Norte dos programas de financiamento vertical de HIV e esclerose múltipla.

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