Impresa dá mais prejuízo no trimestre. Culpa é do investimento nos novos estúdios
A Impresa registou um prejuízo de 1,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, quase duplicando as perdas registadas no mesmo período de 2018.
A Impresa registou um prejuízo de 1,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, quase duplicando as perdas registadas no mesmo período de 2018. Este agravamento é explicado pela dona da SIC com os investimentos no novo edifício e nos novos estúdios.
“Esta evolução resulta de um aumento em 100,7% nas depreciações, para 1,8 milhões de euros, devido ao projeto de expansão do Edifício Impresa e ao investimento em tecnologia nos novos estúdios”, justificou a companhia no relatório divulgado na CMVM.
Apesar das perdas, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão viu os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentarem 18,3%, para 2,25 milhões de euros, tendo ainda aumentado a margem em 0,6 pontos percentuais, para 5,5%. O maior aumento foi registado no negócio da televisão, que deu à Impresa um EBITDA de três milhões de euros, mais 21,5% do que no trimestre homólogo, num período que ficou marcado pela subida da SIC ao pódio das audiências, com a estreia do Programa da Cristina.
Foi também com a televisão que a Impresa gerou a maior parte das receitas, num total de 34,1 milhões de euros, um crescimento de 5,5%. No segmento de publishing, as receitas com o Expresso cresceram de forma marginal, para 5,87 milhões de euros.
Analisando as receitas por origem, a publicidade foi o negócio que mais rendeu à companhia, com uma recuperação de 3,7%, para 23,7 milhões de euros. A circulação do jornal permitiu um aumento das receitas desta fonte na ordem dos 7,4%, para 2,4 milhões de euros. Em sentido inverso, as receitas com a subscrição de canais do grupo caíram 8,7%, para 8,87 milhões.
No primeiro trimestre, os custos operacionais aumentaram 4,1%, para 38,5 milhões de euros, ao mesmo tempo que a dívida foi reduzida em 8,7 milhões de euros. A dívida remunerada líquida do grupo era de 176,9 milhões de euros no final de março.
Empresa convicta de que vai “melhorar”
Apesar de um maior prejuízo no arranque de 2019, Francisco Pedro Balsemão está confiante de que a tendência vai ser de melhoria.
“A mudança das instalações da SIC e o investimento em tecnologia nos novos estúdios levaram a um resultado líquido negativo da Impresa no trimestre. Essas alterações eram absolutamente decisivas para o cumprimento dos nossos objetivos estratégicos. Foram essas mudanças e o consequente aumento da competitividade da nossa grelha que permitiram que a SIC voltasse a ser líder de audiências 12 anos e meio depois”, indica o líder da Impresa, numa nota enviada ao ECO.
“Estamos convictos de que vamos melhorar os nossos resultados em 2019, aumentando não só o EBITDA como ainda os resultados líquidos, e mantendo igualmente a tónica na redução da dívida”, promete Francisco Pedro Balsemão.
(Notícia atualizada às 17h06 com mais informações)
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