Water City, em Almada, é o maior projeto desde a Expo98. Concurso público arranca em junho

Avaliado em cerca de dois mil milhões de euros, o projeto Water City, em Almada, vai ser colocado no mercado até ao final de junho. Final de setembro é o prazo limite para apresentação de propostas.

Arranca até ao final de junho o concurso público para a construção do projeto Water City, ou Cidade da Água, em Almada, tal como o ECO já tinha noticiado. Avaliado em cerca de dois mil milhões de euros, o projeto é da responsabilidade da Baía do Tejo, propriedade da Parpública. São 664 mil metros quadrados de área bruta, nos quais serão construídos entre outros, edifícios de habitação, escritórios, um hotel e uma marina.

É um dos projetos mais importantes do nosso país depois da Expo 98, por ser um projeto de usos mistos. Vamos dar este passo numa fase ainda pré-concursal para apresentar aquelas que serão as conduções em que o processo vai ser desenvolvido”, disse esta terça-feira Sérgio Saraiva, administrador da Baía do Tejo, durante a apresentação do projeto, afirmando que “no primeiro semestre o ativo será colocado no mercado”.

Apresentação do Water City nas antigos estaleiros da Lisnave em Almada - 14MAI19

O projeto está inserido no Plano de Urbanização Almada Nascente (PUAN) e está pensado para ser construído nas localizações da antiga Lisnave — Estaleiros Navais de Lisboa.

O Water City está distribuído por três parcelas de terreno: uma com 402.519 metros quadrados, correspondente à área do antigo estaleiro, outra com 57.746 metros quadrados onde está atualmente um centro de empresas e uma terceira parcela com 4.300 metros quadrados. A estas áreas somar-se-á ainda a marina com 37.773 metros quadrados e o terminal de cruzeiros com 72.959 mil, mas estes serão explorados pelo investidor em regime de concessão. Ao todo serão 575.297 metros quadrados “e são estes ativos que vão ser colocados no mercado”, detalhou o administrador.

De toda a área bruta de construção, que totaliza cerca de 630 mil metros quadrados, cerca de 381 mil metros quadrados (60%) será destinada a usos mistos, na qual o promotor terá o direito de decidir o que construir, enquanto 177 mil será para serviços, lê-se na descrição do projeto. Somam-se ainda cerca de 31 mil metros quadrados para residencial, 29 mil para espaços de cultura e dez mil para usos fluviais — terminal fluvial, marina, retalho e restaurantes.

O projeto tem sido nos últimos anos apresentado a investidores nacionais e internacionais e, até ao final de junho, será lançado o concurso público, garantiu Sérgio Saraiva. Durante o mês de julho a Baía do Tejo vai estar disponível para esclarecer quaisquer dúvidas aos interessados e, até ao final de setembro, irá receber as propostas. Segue-se a avaliação das mesmas em outubro e, em novembro, terá lugar a audiência prévia e decisão de adjudicação.

Questionada sobre o valor do investimento previsto, a Baía do Tejo diz não ser possível adiantar o valor, contudo, fontes do mercado imobiliário referiram ao ECO que se estima um investimento de 1,2 mil milhões a 1,5 mil milhões de euros, mas que pode chegar aos dois mil milhões de euros.

Veja aqui como está e como vai ficar o projeto

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