Revisão da carreira leva inspetores do Estado à greve. Param a 30 de maio
A proposta apresentada pelo Governo para a revisão das carreiras levou os inspetores do Estado a marcar greve para 30 de maio. E dizem que, se o Governo não responder, há mais paragens no horizonte.
Os inspetores do Estado vão fazer greve a 30 de maio, em protesto contra a proposta apresentado pelo Executivo de António Costa para a revisão das carreiras. O paralisação foi convocada, esta sexta-feira, pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e pela Federação Nacional dos Inspetores do Estado (FNIE), que consideram que a proposta do Governo “revê e extingue as atuais carreiras de inspeção, criando carreiras unicategoriais”.
No início da semana, o dirigente da FESAP já tinha adiantado que, se o Executivo não desse respostas claras sobre esta matéria e insistisse na “conversão” destas carreiras pluricategoriais em carreiras unicategoriais, os trabalhadores estariam disponíveis para “ir para a greve a qualquer momento”. Foi isso que ficou decidido esta manhã, tendo a paralisação sido marcada para o último dia deste mês.
Em causa está o projeto legislativo que prevê novas carreiras de inspeção na Função Pública de 14 níveis e categoria única, substituindo as atuais carreiras pluricategoriais. Os sindicatos consideram que essa proposta “representa um retrocesso e uma clara desvalorização face ao atual regime”.
“A arquitetura de carreira proposta pelo Governo significa que, para alcançar o topo da carreira, a vasta maioria dos inspetores precisa de cumprir 100 anos de serviço, já que não se conhecem os moldes em que poderá vir a ser adaptado o SIADAP”, explicam as estruturas sindicais, em comunicado. E se os inspetores não receberem um “resposta satisfatória da tutela” às reivindicações, há mesmo mais greves no horizonte, garantem os sindicatos.
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