Vieira da Silva espera que nova negociação coletiva chegue a um milhão de trabalhadores
Vieira da Silva espera que em 2019 a nova negociação coletiva chegue a um milhão de trabalhadores. O ministro do Trabalho falava aos jornalistas esta terça-feira.
O ministro do Trabalho e da Segurança Social espera que, este ano, o número de trabalhadores potencialmente abrangidos por convenções coletivas que resultem de uma nova negociação ou revisão atinja o milhão. No último ano, foram 900 mil os trabalhadores cobertos por nova contratação coletiva, tendo ficado abaixo da expectativa de Vieira da Silva. “Ficará para 2019, muito provavelmente”, disse o governante, em declarações aos jornalistas, esta terça-feira.
Na apresentação do Relatório Anual sobre a Evolução da Negociação Coletiva em 2018, o ministro do Trabalho salientou que a nova contratação coletiva está geralmente ligada a atualizações salariais, daí sentir alguma resistência especialmente em períodos de crise. Resistência à parte, Vieira da Silva sublinhou que é preciso ter a ambição de aumentar o número de trabalhadores abrangidos por convenções novas ou revistas, já que tal significaria que haveria “mais rapidez na atualização”.
Por outro lado, o governante adiantou que a igualdade e o combate à discriminação, a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar e a aposta na formação profissional e na aprendizagem ao longo da vida deverão ser o temas que tenderão a ganhar relevância na negociação coletiva, nos próximos anos.
Até porque, num mercado onde há escassez de talento e muita procura por parte das empresas, os trabalhadores deverão ter cada vez mais em conta todos os suplementos implicados nas ofertas de trabalho, para além dos salários.
No relatório apresentado esta terça-feira, conclui-se que os trabalhadores abrangidos por convenções coletivas em 2018 viram os seus salários aumentar em termos nominais 3,3%, valor que constitui o maior salto desde, pelo menos, 2005. No que diz respeito ao número de convenções, o relatório salienta que se manteve “a tendência de crescimento”, ainda que se tenha registado uma subida homóloga “menos expressiva” do que se tinha verificado em 2017 em relação a 2016 e que não se tenha conseguido alcançar os valores anuais atingidos antes de 2011.
No total, foram publicadas 220 convenções, no último ano, número que compara com as 208 convenções publicadas em 2017. Dessas 220 convenções, 18,63% dizem respeito a primeiras convenções, 20,45% a revisões globais e 60,9% a revisões parciais.
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