CGD continua a pagar cartas-cheque da Segurança Social até haver nova solução

  • Lusa
  • 7 Junho 2019

Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), garantiu que o banco público vai continuar a pagar as cartas-cheque da Segurança Social enquanto não é encontrada nova solução.

A CGD vai assegurar o pagamento por carta-cheque de prestações da Segurança Social, como pensões, até haver novas soluções de pagamento, mas o presidente do banco avisa que os cheques estão em vias de desaparecer.

"Em vários países do mundo já não há cheques.”

Paulo Macedo

Presidente executivo da CGD

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai renovar o contrato com a Segurança Social, por considerar as atuais condições penalizadoras, estando a tentar encontrar-se uma solução para pagar aos cerca de 100 mil beneficiários que ainda recebem por carta-cheque pensões ou subsídios de desemprego, entre outras prestações.

“As pessoas podem estar muito tranquilas relativamente ao que têm a receber através da Segurança Social, designadamente as suas pensões. A CGD continuará a assegurar esse serviço até a Segurança Social encontrar outras soluções”, afirmou o presidente do banco à Lusa, à margem da cerimónia de entrega dos Prémios Caixa Social 2019, em Lisboa.

Mas a CGD pretende terminar esses pagamentos quando a Segurança Social encontrar outra solução e Paulo Macedo lembra que, além das cartas cheques, os pagamentos podem ser feitos por transferência bancária e levantamento por cartão de crédito ou débito.

“Em vários países do mundo já não há cheques”, disse o presidente da CGD, acrescentando que o número de cheques em circulação “tem caído abruptamente” e que a Segurança Social “está a encarar” outras alternativas mas, até lá, o banco manterá o serviço com “toda a tranquilidade”.

A Segurança Social abriu um concurso para instituições assegurarem o pagamento por carta-cheque, mas ninguém concorreu e a CGD não tem interesse em manter a atividade. “A CGD o que quer fazer é prestar primeiro serviço aos seus clientes e prestá-lo de uma maneira do sec XXI, mas não esquecendo que tem pessoas com menor ou maior literacia”, afirmou Paulo Macedo, acrescentando que “perto de quase 100%” das pessoas em Portugal “têm a possibilidade de lidar com um telemóvel ou um cartão, e assegurar por esses meios os pagamentos das prestações.

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