Aumento dos salários e investimento nos transportes no programa do PCP às legislativas
Jerónimo de Sousa, defendeu ainda que será necessário aguardar pela "arrumação de forças" que sairá das eleições legislativas para depois discutir soluções governativas, como a atual geringonça.
O PCP apresentou esta quarta-feira as linhas gerais do programa eleitoral para as eleições legislativas de 6 de outubro, que incluem um “aumento geral dos salários” e das pensões e um programa extraordinário de investimento nos transportes.
A apresentação das linhas gerais do programa comunista decorreu em Lisboa, na sede do PCP, pela voz do secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa. Já o documento final que será levado a sufrágio, será revelado em julho, adiantou o dirigente.
Na conferência de imprensa, o líder do Partido Comunista afirmou que a “emergência salarial” deve ser encarada como um “objetivo nuclear” e “exige o aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, a valorização das profissões e das carreiras, com um aumento significativo do salário médio, o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros e a convergência progressiva com a média salarial da zona euro”.
“Deste objetivo são indissociáveis a garantia de horários dignos e da sua redução, o combate à precariedade com emprego estável, melhores condições de trabalho e a revogação das normas gravosas de legislação laboral”, acrescentou.
Na opinião dos comunistas, na próxima legislatura será também necessário “aumentar as reformas e pensões”, tanto no setor público como no privado.
Jerónimo de Sousa destacou também que o PCP quer implementar “um programa extraordinário de investimento no setor dos transportes públicos”, que “dê resposta imediata à superação da carência de oferta que corresponda às necessidades de uso de transporte público há muito em falta” e que “assegure um robusto aumento da oferta”.
É preciso conhecer nova “arrumação de forças” para falar de outra geringonça
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu ainda que será necessário aguardar pela “arrumação de forças” que sairá das eleições legislativas para depois discutir soluções governativas, como a atual geringonça.
“Antes de discutirmos o futuro Governo, temos de discutir naturalmente a nova arrumação de forças que resultará das eleições de outubro”, salientou.
De acordo com o líder do PCP, este programa dirige-se “aos portugueses e não a uma futura solução de Governo”, e será “naturalmente insubstituível em qualquer política que se vá realizar no futuro”.
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