BCP lucra 170 milhões na primeira metade do ano. Portugal puxa pelos resultados do banco

O BCP lucrou 170 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um resultado que ficou em linha com as estimativas do mercado. Os analistas do BPI/CaixaBank previam lucros de 169 milhões de euros.

O BCP lucrou 170 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um resultado que ficou em linha com as estimativas do mercado. Os analistas do BPI/CaixaBank previam lucros de 169 milhões de euros. O banco liderado por Miguel Maya justifica a subida do resultado face ao ano passado (+12%) com a “expansão dos proveitos core e com a redução das imparidades e provisões“. Mas Portugal também puxou por resultados da instituição.

Apesar da subida do lucro, Miguel Maya começou por se referir aos últimos três meses do ano como “desafiantes”. “Não vos vou falar do Brexit ou do enquadramento externo… mas há um fator que tem a ver com a evolução das perspetivas da política monetária que teve impacto importante”, destacou o CEO do banco na apresentação das contas.

Na parte operacional, o banco adianta que subiu o produto bancário em 6,4% para mais de 1.100 milhões de euros. Dentro desta componente, a margem financeira — diferença entre juros pagos nos depósitos e os juros recebidos nos empréstimos — aumentou 7,6% para 740 milhões de euros entre janeiro e junho. E as comissões bancárias mantiveram-se nos 340 milhões de euros. Além dos proveitos core, o banco diz que ganhou 10 milhões de euros com dívida pública. E há outro ganho extraordinário de cerca de 13,5 milhões com a venda do grupo Planfipsa, do empresário ligado ao ramo imobiliário Andre Jordan.

Do outro lado, os custos operacionais excluindo itens não habituais cresceram 6,7% para 525 milhões de euros. Exclui os gastos do BCP com a compensação aos trabalhadores no montante de 12,4 milhões de euros e custos de reestruturação no valor de 10 milhões de euros, que fizeram aumentar os custos no total.

Sobre as imparidades do crédito, que deram outro brilho às contas do semestre, o banco assistiu a uma redução de 9,2% para 200 milhões, enquanto a rubrica outras imparidades e provisões caiu 27% para 43 milhões.

Portugal puxa por lucros

Por regiões, foi a atividade portuguesa a dar força aos lucros. Portugal gerou um lucro de 73 milhões de euros no primeiro semestre, mais 20% em termos homólogos. Desta vez, houve “um menor contributo da atividade internacional face ao semestre homólogo do ano anterior”, acrescentou o BCP, que também está presente na Polónia, Moçambique, entre outros mercados.

Nos negócios internacionais, de resto, o resultado líquido totalizou 83,7 milhões de euros, menos do que os 90 milhões do semestre de 2018, “devido essencialmente ao desempenho das operações na Polónia”, após a aquisição do Euro Bank.

No lado do balanço, o crédito a clientes aumentou 10% para 52 mil milhões de euros, enquanto os depósitos ascendem a mais de 79 mil milhões de euros (crescem 9,3%).

Miguel Maya falou em “trabalho muito consistente e reconhecido pelo mercado” no que toca à redução dos ativos non performing, cujo rácio baixou de 13,2% no final do ano passado para 9,1% em junho. O CEO revelou que houve uma descida de 350 milhões na exposição a estes ativos tóxicos no segundo trimestre.

(Notícia atualizada às 17h37)

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