Wall Street cai 1%. Petróleo afunda
Principais índices dos EUA registam perdas de 1%, com os investidores a procurarem refúgio na dívida soberana, mas também no ouro, perante o regresso dos receios em torno da guerra comercial.
Após uma breve pausa, a guerra comercial e os receios relativamente à economia, voltou a ensombrar Wall Street. Os principais índices bolsistas dos EUA estão no vermelho, depois de o yuan ter voltado a cair abaixo do valor-chave de sete por dólar, com os investidores a procurarem refúgio na dívida soberana e no ouro. Petróleo derrapa perto de 3%, ficando cada vez mais próximo dos 50 dólares.
O S&P 500 cai 0,8%, enquanto o Dow Jones perde 0,83%, e o Nasdaq sobressai com o maior deslize: 1,1%. Os índices norte-americanos regressam assim ao vermelho após uma sessão de recuperação, com os receios em torno da guerra comercial entre os EUA e a China e o temido impacto sobre a economia a reemergirem.
Uma das faces mas visíveis deste crescendo de preocupações prende-se com uma nova quebra da moeda chinesa abaixo da chave dos sete yuan por dólar, fasquia que já tinha sido quebrada na segunda-feira e que ditou a maior queda diária de Wall Street do ano.
A agravar está ainda o elevar dos receios relativamente à saúde da economia norte-americana, perante a persistente queda das yields da dívida soberana e o disparo do ouro que já superou a fasquia dos 1.500 dólares a onça.
Enquanto o ouro dispara, o petróleo derrapa. As cotações do barril de crude transacionado em Nova Iorque cai 3,69%, para os 51,65 dólares.
“Há dois fatores que estão a provocar essa inversão no mercado – as taxas estão a cair e o ouro está a subir”, diz Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters.
“Os investidores estão muito preocupados com a guerra comercial e a sua expansão e isso certamente está a manifestar-se no preço do ouro”, acrescentou.
Entre os títulos mais penalizados encontram-se os bancos, que tendem a sofrer perante cenários de taxas de juro baixas. As ações do Bank of America perdem mais de 4%, enquanto o Goldman Sachs, JP Morgan e Morgan Stanley (MS.N) registam quebras entre 3% e perto de 4%.
Pela negativa, destaque ainda para a Walt Disney, cujos títulos tombam mais de 6%, depois de a empresa ter reportado na terça-feira, já após o fecho do mercado norte-americano, resultados aquém do esperado pelos analistas.
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