Criado revestimento para fachadas que reduz consumo de energia e emissões de CO2
Com um orçamento de 5,5 milhões de euros, dos quais 4,7 suportados pela União Europeia, o projeto GELCLAD criou "com sucesso um sistema avançado de isolamento de fachadas modulares.
Um consórcio liderado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), sediado em Coimbra, criou um produto de revestimento para fachadas de edifícios que reduz o consumo de energia e as emissões de CO2, foi anunciado esta quarta-feira. O projeto foi executado por um consórcio constituído por 12 parceiros de cinco países (Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Eslovénia), informou o IPN, em comunicado enviado à agência Lusa.
“A disponibilização deste novo sistema de revestimento será especialmente importante para dar um novo fôlego ao setor da reabilitação urbana, obedecendo a critérios sustentáveis e ecológicos que não desconsiderem a componente humana”, salienta a nota.
O produto, que permite contribuir para o aumento dos níveis de eficiência energética dos edifícios, foi desenvolvido nos últimos três anos no âmbito do projeto GELCLAD, que encerrou no final de julho com uma reunião em Gijon (Espanha).
Com um orçamento de 5,5 milhões de euros, dos quais 4,7 suportados pela União Europeia, o projeto GELCLAD criou “com sucesso um sistema avançado de isolamento de fachadas modulares, composto por um núcleo de aerogel e nano-isolante e uma camada de revestimento final feita de material ecológico”, explica o IPN.
“Atualmente, já se encontram desenvolvidos os conceitos científicos e processos de fabricação e foi criado um protótipo em escala real aplicado numa fachada de um edifício no município de Gijón“, lê-se no comunicado.
Citado na nota, Jorge Corker, coordenador do projeto, considera que este novo sistema contribui para “reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2, permitindo ganhos até 40% de eficiência de isolamento“. Acrescentou: “apresenta-se como um produto inovador que supera as propriedades oferecidas pelos sistemas de isolamento de fachada tradicionais e que terá um impacto real na poupança energética”.
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