Marcelo Rebelo de Sousa: “Quando termino uma viagem, atesto sempre o carro”

Apesar de não comentar assuntos nacionais em território estrangeiro, o Presidente da República disse que está em condições de ir de férias, pois tem o carro atestado.

Naquele que é o segundo dia de visita à Alemanha, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a afirmar que, em território estrangeiro, não comenta assuntos nacionais. Ainda assim, o Presidente da República disse que tem o carro atestado para ir de férias, que deverão começar na próxima segunda-feira, dia 12 de agosto.

“Eu tenho um princípio básico. Quando termino uma viagem, atesto sempre o carro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações emitidas pela RTP 3, quando questionado sobre a greve dos motoristas agendada para segunda-feira. “Como acabei de vir do fim de semana que estive no Algarve, com os meus netos, atestei logo o carro e, portanto, estou em condições de partir, naquilo que está na minha cabeça para ser o [início] das minhas férias, que é dia 12″, continuou.

O Chefe de Estado não quis, contudo, prestar mais declarações sobre o assunto. “Acompanho tudo o que se passa [em Portugal], mas não devo comentar em território estrangeiro”, referiu, acrescentando que, depois de regressar ao país, “se for oportuno”, poderá fazê-lo.

Além do “princípio básico” do Presidente, há duas semanas, os portugueses tiveram mais uma recomendação. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu que deviam começar a abastecer as suas viaturas para “se precaverem” no caso de haver greve dos motoristas. “Temos todos de nos preparar. O Governo está a fazer o seu trabalho [para evitar a greve], mas todos podíamos começar a precaver-nos, em vez de esperarmos pelo dia 12″, porque “não sabemos” se a paralisação “vai acontecer”, disse o ministro, na altura, à margem da apresentação de um investimento na ferrovia.

Esta quarta-feira, o Governo definiu que os motoristas que entregaram o pré-aviso de greve, terão de assegurar entre 50% e 75% de serviços mínimos, dependendo do tipo de mercadorias em questão. Isto além dos 100% que foram estabelecidos para os serviços que são essenciais, incluindo o aeroporto. O grau elevado de “mínimos” decidido pelo Executivo justifica-se pelo facto de a paralisação ter sido decretada “por tempo indeterminado” e pelos vários impactos que a greve em questão pode representar para a economia nacional, justificou o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

O Governo recusa estar a pôr em causa o direito à greve, mas os sindicatos não viram com os mesmos olhos os serviços mínimos decretados, apelidando-os de um “atentado”.

(Notícia atualizada às 17h53)

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