Dívida externa recua para 100,2% até junho

A dívida externa, medida pela PII, melhorou em junho face a março. Mas a riqueza produzida pela economia continua a não chegar para pagar a totalidade da dívida acumulada pelo conjunto dos agentes.

A dívida externa, medida pela Posição de Investimento Internacional (PII), recuou quando calculada em percentagem do PIB para 100,2% no primeiro semestre, depois de no final do primeiro trimestre do ano ter ficado em 100,8% do PIB, revelam dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Apesar do recuo, a dívida externa apresentou um aumento em valor nominal face a março. Ou seja, a correção resulta apenas da evolução da economia.

“No final de junho de 2019, a PII de Portugal situou-se em -205,9 mil milhões de euros”, avança o banco central. Trata-se de um agravamento face a março, quando a PII, atingiu 205,3 mil milhões de euros. No entanto, face ao final do ano passado registou-se uma “variação negativa de aproximadamente 2,7 mil milhões de euros”.

A dívida externa da economia é apurada através da PII e mede o endividamento do conjunto dos agentes económicos: empresas, famílias e Estado. Assim, a dívida externa resulta da diferença entre o que o país deve ao estrangeiro e o que tem a haver do estrangeiro e é uma soma dos défices acumulados ao longo do tempo.

A revisão da base das contas nacionais em 2019 ditou uma alteração dos valores da dívida externa. Em março último, a PII passou a ser de 100,8% o que compara com os 101,1% avançados anteriormente.

Na comparação que faz com os valores do fecho de 2018 – também de 100,8% do PIB – o Banco de Portugal explica que “a variação da PII deveu-se ao impacto das transações (-2,2 mil milhões de euros) e das variações de preço (-1,1 mil milhões de euros), parcialmente compensado pelas variações cambiais (+0,1 mil milhões de euros) e pelos outros ajustamentos (+0,5 mil milhões de euros)”.

“A dívida externa líquida de Portugal, que resulta da PII excluindo, fundamentalmente, os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, foi, em junho de 2019, de 179 mil milhões de euros. Em percentagem do PIB, a dívida externa líquida reduziu-se em 1,7 pontos percentuais entre o final de 2018 e o final de junho de 2019. A dívida externa líquida passou de 89,0 para 87,3%, em grande medida devido ao aumento do PIB“, adianta ainda o banco central.

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