Portugal é o quarto país da UE onde se compram mais veículos eléctricos

  • ECO e Lusa
  • 9 Setembro 2019

Nos primeiros sete meses do ano, foram colocados no mercado 4.341 carros elétricos, tornando Portugal no quarto país da UE a comprar mais veículos deste tipo.

Portugal ocupa uma posição de destaque no que diz respeito à redução das emissões de dióxido de carbono na União Europeia (UE), tendo em conta os veículos elétricos comprados, revela um relatório da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E, na sigla internacional). Contudo, para a associação ambientalista Zero, o Governo deve reforçar os apoios à compra destes veículos até fim do ano.

De acordo com o relatório da T&E, citado pelo Público (acesso condicionado), se apenas for tida em consideração a frota de novos veículos, as emissões portuguesas são as mais baixas da toda a UE (106 gramas de dióxido de carbono por quilómetro). Empatada está a Holanda, enquanto no outro extremo, com as emissões mais elevadas, estão a Estónia e Luxemburgo (140 gramas de CO2 por quilómetro).

Em termos de compra de veículos elétricos, Portugal é o quarto país da UE onde se compram mais carros deste tipo. Esta posição é corroborada pelos dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), que mostra que, nos primeiros sete meses do ano, foram colocados no mercado 4.341 carros elétricos, o dobro face a igual período do ano passado.

A contrastar com estes números, continuamos a ser um dos países com uma elevada percentagem de veículos a gasóleo — mais de 50% –, enquanto a Holanda tem a percentagem mais baixa (2%).

Associação Zero pede reforço dos apoios à compra de veículos elétricos

“As políticas tributárias nacionais têm uma influência significativa nos carros que são vendidos. Os governos podem fazer muito mais para incentivar os compradores a escolher modelos mais eficientes e elétricos“, sublinha a T&E. E é exatamente isso que a Zero defende.

“O limite de incentivos para veículos ligeiros 100% elétricos, quando ainda faltam cerca de quatro meses para o final do ano, está esgotado. O número de candidaturas por validar (436) excede em muito o orçamento disponível. No limite, se todas as candidaturas forem de pessoas coletivas, o máximo a abranger serão mais 75 veículos. A Zero considera, assim, que deveria haver um ajustamento nos valores do Fundo Ambiental para suportar todas as candidaturas válidas que sejam apresentadas ainda este ano“, refere a associação, em comunicado.

No mesmo documento, a Zero faz referências aos dados da T&E, recordando que o Governo anunciou o fim da venda de veículos de combustão interna a partir de 2040, mas defende que “é possível antecipar esta data através da eletrificação das frotas públicas (incluindo transportes públicos), carros de empresa e táxis, e da revisão dos incentivos e benefícios fiscais para compensar a compra de veículos de emissões zero e penalizar os veículos mais poluentes, além de facilitar a instalação de postos de carregamento em casa e no trabalho“.

“Estas são medidas importantes para descarbonizar o transporte rodoviário”, reitera a Zero. Citando informações prestadas pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética, das 988 candidaturas aprovadas até à data, 684 eram de empresas e 304 de particulares.

A dotação global do Fundo Ambiental para 2019 para incentivos à aquisição de veículos de baixas emissões é de três milhões de euros. Só os veículos com um preço máximo de compra de 62.500 euros são elegíveis para estes apoios.

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