Rei recusa apresentar candidato. Espanha prepara-se para eleições antecipadas a 10 de novembro

Depois de ouvir os partidos, Felipe VI não propôs nenhum candidato. Espanha encaminha-se para eleições antecipadas a 10 de novembro e Sanchéz já pede aos espanhóis maioria absoluta para o PSOE.

Espanha está à beira de eleições antecipadas. Após ouvir os quatro principais partidos políticos — PSOE, PP, Citizens e United We Can –, Felipe VI decidiu não propor nenhum candidato à investidura, reconhecendo que não estão reunidas as condições necessárias para a viabilização de um Governo. De acordo com o El País (acesso livre, conteúdo em espanhol), 10 de novembro pode ser a data para as novas eleições no país vizinho.

Depois de o rei espanhol terminar a ronda de consulta pelos partidos — que tinha como objetivo perceber se havia condições para uma investidura e para acabar com o bloqueio político que já dura desde as eleições de abril –, o Palácio da Zarzuela emitiu um comunicado onde confirma que “não existe um candidato que conte com os apoios necessários necessários para que o Congresso dos Deputados lhe conceda a sua confiança”. Assim, opta por não formular “uma proposta de candidato a primeiro-ministro”.

Ainda que continue a ser possível alcançar um acordo, caso a situação não seja desbloqueada até ao dia 23 de setembro, ou seja, daqui a menos de uma semana, o rei de Espanha estará constitucionalmente obrigado a dissolver o Parlamento e a marcar, novamente, eleições.

O cenário de eleições a 10 de novembro foi avançado pelo líder do Podemos, Pablo Iglesias, que visitou o Palácio da Zarzuela e, à saída, disse aos jornalistas que esta data já foi abordada.

“O rei disse-me o mesmo que pensam os espanhóis. Depois das eleições de novembro, se acontecerem, o período das negociações não pode ser igual a este, com meses de inatividade”, afirmou Iglesias, citado pelo jornal La Vanguardia.

Sanchéz pede aos espanhóis que concedam maioria absoluta ao PSOE

Pedro Sánchez lamentou que não tenha sido possível avançar com uma solução de Governo e, dizendo que fez “tentou todos os meios”, defendeu que Espanha precisa de um Executivo “estável e duradouro”. Com o país vizinho a encaminhar-se para novas eleições a 10 de novembro, o chefe de Governo pediu, ainda, aos espanhóis que concedam maioria absoluta ao PSOE.

“Acabaram as consultas com os partidos e o resultado é claro: não há uma maioria no Congresso que garanta estabilidade. Não há bases suficientes, nem garantias para avançar com uma investidura que poderia falhar. Espero que os espanhóis concedam a maioria parlamentar ao PSOE para que não haja mais bloqueios a partir de 10 de novembro”, afirmou Pedro Sánchez numa conferência de imprensa a partir do Palácio de Moncloa, em Madrid.

Sobre a possibilidade de o PSOE ainda alcançar um acordo com os outros partidos, o primeiro-ministro espanhol alertou que “é importante que não se criem falsas expectativas”, afastando, assim, essa hipótese ainda em cima da mesa.

(Notícia atualizada às 21h15 com declarações de Pedro Sánchez)

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