Taxa de poupança das famílias volta a cair. Está em mínimos de quase dois anos

Famílias portuguesas pouparam menos no segundo trimestre: menos de 6 euros por cada 100 de rendimento. Taxa de poupança recuou para o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2017.

Depois de dois trimestres a subir, a taxa de poupança das famílias portuguesas voltou a cair no segundo trimestre do ano, atingindo os 5,9% do rendimento disponível no ano que terminou em junho. É o valor mais baixo desde 2017, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística.

“A taxa de poupança das Famílias diminuiu para 5,9% do rendimento disponível (6,1% no trimestre anterior), em resultado do aumento de 0,8% da despesa de consumo final superior em 0,1 p.p. ao crescimento do rendimento disponível”, mostra o gabinete de estatísticas.

Isto significa que menos de seis euros por cada 100 euros de rendimento foram poupados pelos lares portugueses entre abril e junho. É a taxa de poupança mais baixa desde o terceiro trimestre de 2017, há quase dois anos, quando atingiu os 5,8%.

Poupança das famílias em queda

INE

A taxa de poupança das famílias mede a parte do rendimento disponível que não é utilizado em consumo final, sendo calculada através do rácio entre a poupança bruta e o rendimento disponível.

Segundo o INE, o rendimento dos lares nacionais aumentou no segundo trimestre deste ano (0,7%), tendo sido essencialmente determinada pelo crescimento de 0,8% das remunerações recebidas, que explicam 0,5 pontos do aumento do rendimento. Ajudou a compensar a quebra nos rendimentos de propriedades.

Por sua vez, o investimento das famílias aumentou 1,6% no mesmo período, abrandando, ainda assim, face ao trimestre anterior (3,1%).

Refletindo os efeitos da redução da poupança e do aumento do investimento, “a capacidade de financiamento das famílias situou-se em 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no segundo trimestre de 2019, menos 0,4 pontos percentuais que no trimestre anterior”.

(Notícia atualizada às 12h32 com mais informação)

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