Parpública preocupada com “magnitude dos prejuízos” da TAP

Parpública, que gere a participação do Estado na TAP, diz que está a acompanhar "com grande preocupação" o desempenho da TAP, que registou prejuízos de 119 milhões no primeiro semestre.

O presidente da Parpública, Miguel Cruz, afirmou em declarações à Lusa que a holding do Estado está a acompanhar “com grande preocupação” os resultados da sua participada TAP, que fechou o primeiro semestre com prejuízos de cerca de 119 milhões de euros.

As declarações do responsável surgem no dia em que a Parpública, o grupo que gere as participações do Estado em empresas públicas, anunciou lucros de 46,5 milhões de euros na primeira metade do ano. Um resultado para o qual não contribuiu a TAP, dado que a transportadora “não é objeto de consolidação integral porque a Parpública não dispõe do controlo de gestão”, explicou o grupo no relatório e contas semestral.

Ainda assim, a Parpública não deixou de destacar a dimensão das perdas, que vai obrigar a atenção redobrada e a mudanças na relação com a transportadora.

“Apesar de a Parpública não dispor do controlo de gestão da TAP, a magnitude dos prejuízos registados em 2018 e no primeiro semestre de 2019, impõe a necessidade de aprofundar os mecanismos de acompanhamento estratégico e de partilha de informação de gestão, o que será objeto de discussão, nomeadamente no quadro do funcionamento do conselho de administração”, refere a entidade.

Segundo a Parpública, com estas mudanças pretende-se “recolocar a companhia numa trajetória de resultados positivos, e de dar continuidade a uma evolução operacional positiva, o que se afigura não só desejável como possível, graças aos investimentos entretanto efetuados, os quais possibilitaram à TAP obter importantes ganhos de eficiência e expandir-se para novos mercados”.

A TAP é detida em 50% pela Parpública e em 45% pelo consórcio Atlantic Gateway (dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa), com os restantes 5% nas mãos dos trabalhadores. O Estado tem seis administradores, um dos quais o presidente do conselho de administração, mas são todos não executivos.

De acordo com o ECO Insider — newsletter do ECO exclusiva para assinantes — o Governo já fez contactos com a companhia aérea alemã Lufthansa para substituir David Neeleman, mas defende a manutenção de Humberto Pedrosa, o outro acionista privado da TAP. O Expresso acrescentou outro candidato: a United.

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