Reunir Parlamento para debater Tancos? Maioria dos pequenos partidos diria que sim

Questionados sobre se votariam a favor de reunir a comissão permanente para debater o caso de Tancos, os partidos sem assento parlamentar dividiram-se. Mas foram mais os que defenderam o debate.

Tancos tem estado na ordem do dia, e os líderes parlamentares vão reunir, esta quarta-feira, para decidirem se a comissão permanente vai reunir para debater o caso. O PS já se mostrou contra, mas está isolado. Como seria se os partidos sem assento parlamentar pudessem votar? Apesar de divididos, a maioria concordaria em avançar para esta discussão.

Esta foi a primeira questão colocada aos 15 candidatos à Assembleia da República, no último debate antes das eleições, a 6 de outubro, transmitido na RTP. Nove dos 15 líderes disseram que votariam favoravelmente o requerimento do PSD, enquanto outros seis se mostraram contra.

Mendo Henriques do Nós, Cidadãos, que foi o primeiro a responder, opor-se-ia à comissão, defendendo que o espaço próprio para discutir a questão são os tribunais. O voto de Filipe Sousa, do Juntos pelo Povo, também seria “redondamente não”, bem como o de Fernando Loureiro, do PURP e o de Joacine Katar Moreira, do Livre.

No grupo daqueles que se mostram contra um debate no Parlamento, nesta altura, encontra-se também Gonçalo da Câmara Pereira, do Partido Monárquico, que critica aqueles que querem “denegrir as Forças Armadas”, e o líder do PRN, José Pinto Coelho, que diz não confiar nestas comissões.

Já Santana Lopes, do Aliança, disse que o voto dependia do timing, apesar de defender que se uma força política requer debate, neste caso o PSD, que pediu a reunião da comissão, o pedido deve ser atendido. Votaria favoravelmente caso a comissão ainda reunisse antes das eleições, a 6 de outubro, mas negativamente se fosse depois de domingo.

O coro de vozes a favor de reunir a comissão permanente no Parlamento inclui Amândio Madaleno, do Partido Trabalhista Português, André Ventura, do Chega, e Marinho e Pinto, do Partido Democrático Republicano, para apurar responsabilidades políticas. Carlos Guimarães Pinto, da Iniciativa Liberal, e Gil Garcia do MAS (Movimento Ação Socialista) fazem também parte dos votos a favor.

Manuel Ramos, do Partido da Terra defende que o assunto tem de ser investigado, e que “é mais grave se políticos não souberem [da alegada encenação] do que se souberem”. Maria Cidália Guerreiro, do PCTP/MRPP e Vitorino Silva, do RIR, completam o grupo daqueles que concordariam em debater o caso de Tancos no Parlamento.

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