Banco Montepio já tem novo presidente da comissão de auditoria após demissão de Luís Guimarães

Luís Guimarães apresentou a demissão há um mês e Banco Montepio informa agora que Manuel Teixeira, administrador não executivo do banco, vai substitui-lo na comissão de auditoria.

Um mês depois de Luís Guimarães ter apresentado a demissão do cargo de presidente da comissão de auditoria do Banco Montepio, já foi encontrado substituto internamente: é Manuel Ferreira, administrador não executivo do banco e até agora vogal naquela comissão.

“Tendo presente a cessação de funções de Luís Eduardo Henriques Guimarães, com efeito a 30 de setembro de 2019 e considerando a não designação pela assembleia geral de novo presidente da comissão de auditoria, esta comissão deliberou designar Manuel Ferreira Teixeira para exercer as funções de presidente da comissão de auditoria”, informa o banco em comunicado enviado ao mercado.

A renúncia de Luís Guimarães foi divulgada publicamente no dia 6 de setembro, embora o próprio tenha comunicado a decisão na reunião do conselho de administração que ocorreu no dia anterior. Segundo o Público, Luís Guimarães demitiu-se alegando, entre outros aspetos, a falta de condições para exercer a função de presidente da comissão de auditoria de forma independente, o que fez aumentar o clima de tensão dentro do banco.

Ainda de acordo com o Público, a demissão de Luís Guimarães também teve a ver com o facto de não se rever no modelo de gestão do atual chairman, Carlos Tavares, especialmente no que toca à comissão executiva. Isto porque desde fevereiro que Dulce Mota se mantém como CEO interina do Banco Montepio e ainda não se chegou a uma solução definitiva. O Banco de Portugal tem pressionado a instituição para clarificar a liderança do banco. O Jornal de Negócios avançou que este processo só estará concluído no final do mês, depois de concluída a avaliação dos administradores.

O Banco Montepio fechou a primeira metade do ano com lucros de 3,6 milhões de euros, menos 77% do que há um ano, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.

(Notícia atualizada às 18h05)

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