António Varela desiste de ser chairman do Crédito Agrícola após dúvidas do supervisor
Banco de Portugal tinha levantado dúvidas sobre a proposta de António Varela para presidir ao conselho de administração do Crédito Agrícola por ser acionista de empresa que é parceira do Banco CTT.
António Varela acabou por desistir de ser o próximo chairman do Crédito Agrícola, cargo para o qual havia sido proposto em março. Isto aconteceu depois de o Banco de Portugal ter levantado dúvidas sobre o facto de ser acionista de uma empresa que é parceira do concorrente Banco CTT. Foi a demora no processo de aprovação pelo supervisor levou Varela a não esperar mais pela luz verde para iniciar funções.
O próprio António Varela confirmou a desistência ao Expresso (acesso livre). Tendo em conta toda a espera, “tinha a intenção de apresentar a renúncia às funções na Caixa Central do Crédito Agrícola”, referiu o antigo administrador do Banco de Portugal àquele jornal. A renúncia será formalizada esta semana.
Na passada sexta-feira, o Jornal Económico (acesso pago) tinha dado conta de que António Varela arriscava um chumbo do supervisor liderado por Carlos Costa, que tinha levantado dúvidas relacionadas com o facto de ter 50% de uma start-up, a Netinvoice, de intermediação de compra e venda de faturas passadas por empresas de pequena dimensão, que começou por ter o Banco CTT como principal parceiro.
Ao Expresso, António Varela disse que a carta de renúncia já estava escrita mesmo antes da notícia do Jornal Económico e que se encontrava na sua advogada para avaliação.
António Varela fez parte da lista que venceu as eleições para o Crédito Agrícola, liderada por Licínio Pina. Todos os nomes eleitos para os órgãos sociais do banco receberam luz verde do Banco de Portugal, à exceção de Varela.
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