CGD fecha venda do banco na África do Sul. Recebe 215 milhões de euros
Banco liderado por Paulo Macedo vai receber 215 milhões pelo Mercantile Bank. Assinou um acordo de cooperação com o novo dono, o Capitec.
Está fechada a venda do banco sul-africano. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) concluiu a alienação do Mercantile Bank, na África do Sul, ao Capitec, por uma soma de 215 milhões de euros, acima da prevista. Ao mesmo tempo que sai do capital da instituição, mantém a ligação àquele mercado através de um acordo de cooperação comercial.
A formalização da venda já estava prevista para o arranque deste mês, depois de terem sido obtidas todas as autorizações necessárias para a alienação deste banco. A CGD tinha afirmado que a venda estava fechada por 3,2 mil milhões de rands sul-africanos (cerca de 192 milhões de euros). Ficou concluída por 3,56 mil milhões de rands, cerca de 215 milhões de euros, revela o banco público em comunicado enviado à CMVM.
Apesar da venda, a CGD mantém-se no mercado sul-africano, através de um acordo de cooperação. Esse acordo “consubstancia o interesse das partes em continuar a cooperar comercialmente no futuro, e que consagra a intenção do Capitec e da Mercantile em manter os atuais níveis de serviço à base de clientes da Mercantile (nomeadamente, empresas portuguesas na África do Sul e clientes particulares da Comunidade Portuguesa na África do Sul), durante um período de pelo menos 12 meses e de acordo com as disposições da política comercial das partes envolvidas”.
"Com a conclusão da venda, fica assim cumprido mais um dos principais compromissos da CGD ao abrigo do Plano Estratégico, permitindo fortalecer de forma assinalável a sua capitalização.”
“No âmbito do acordo de colaboração comercial, o Grupo CGD, o Capitec e a Mercantile reconhecem ainda os potenciais benefícios de eventuais oportunidades de parceria na África do Sul, Angola, Moçambique e/ou envolvendo agentes económicos destes países, em particular os da Comunidade Portuguesa radicada na África do Sul ou outros com ligações especiais a Portugal”, nota a CGD.
Mais um passo. CGD vai continuar a trabalhar
“Com a conclusão da venda, fica assim cumprido mais um dos principais compromissos da CGD ao abrigo do Plano Estratégico, permitindo fortalecer de forma assinalável a sua capitalização”, diz o banco liderado por Paulo Macedo.
Recorde-se que a venda deste banco na África do Sul acontece depois de, esta segunda-feira, a CGD ter concluído a venda do banco em Espanha. O Banco Caixa Geral (BCG) passou para os espanhóis do Abanca por 364 milhões de euros.
“A CGD irá continuar a trabalhar com o objetivo de cumprir integralmente os objetivos do Plano Estratégico. Além da racionalização do negócio internacional, a CGD tem também como objetivos a redução da sua estrutura de custos e do volume de ativos não-performantes do seu balanço, de forma a melhorar a sua rentabilidade”, remata.
(Notícia atualizada às 7h34 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
CGD fecha venda do banco na África do Sul. Recebe 215 milhões de euros
{{ noCommentsLabel }}