Revolut quer “um milhão de utilizadores em Portugal em breve”
Nikolay Storonsky, CEO da Revolut, espera ter no novo escritório em Matosinhos mais de 500 trabalhadores e acredita ainda que poderá vir a ter um milhão de utilizadores em Portugal num futuro próximo.
Um milhão de utilizadores em Portugal e, num futuro próximo. Nikolay Storonsky, fundador e CEO da Revolut, esteve em Lisboa para participar no Web Summit e disse esperar que o número de utilizadores em Portugal — mais de 300 mil por agora — chegue a um milhão em breve. Se a empresa continuar a crescer como atualmente — entre 1000 e 1200 novos utilizadores diariamente –, esse número deverá ser atingido dentro de aproximadamente um ano e meio.
Na capital portuguesa, o responsável pela fintech anunciou que a startup vai começar a conceder crédito já em dezembro, em alguns países, sem ainda adiantar quais. Ao ECO, acrescentou que o escritório da empresa, em Matosinhos, será inaugurado entre o final deste ano e o início de 2020 e que poderá receber mais de 500 trabalhadores. Para o russo, Portugal é um mercado interessante porque, do seu ponto de vista, “pode ter 10 milhões de pessoas, mas a língua portuguesa tem um alcance em vários países do mundo, como por exemplo o Brasil”.
Num país com mais de 330 mil utilizadores, o presidente da empresa ambiciona mais e tem esperança que esse número possa crescer exponencialmente nos próximos anos. “Quanto ao mercado nacional, temos a ambição de alcançar um milhão de clientes em breve”, afirmou.
O combate à fraude foi outro dos temas da conversa e o líder da Revolut sublinhou que se trata de um dos principais focos da empresa. “Temos cerca de 500 pessoas só a trabalhar nesse tema, sendo que 150 são engenheiros focados em compliance e fraude. A nossa filosofia é que não parta da decisão humana mas sim de modelos que nos ofereçam precisão”, explicou, sobre o método que, segundo o próprio, consegue ser “oito vezes mais competitivo que os bancos tradicionais”.
"Queremos criar um banco verdadeiramente global que esteja presente na maior parte dos países do mundo.”
Apesar da repentina fama das criptomoedas na esfera mediática, o CEO do banco virtual referiu que, ao contrário do que se pensa, não tem notado um crescimento da procura deste tipo de moedas há já dois anos. “Não tenho verificado um aumento de uso de criptomoeda desde 2017. Não tem havido grande adesão e penso que uma das razões para isso são os reguladores, porque eles simplesmente não gostam de criptomoedas“, nota o CEO.
Nikolay Storonsky falou um pouco sobre as ambições da empresa para um futuro não muito longínquo. “Queremos criar um banco verdadeiramente global que esteja presente na maior parte dos países do mundo. Queremos oferecer serviços como seguros, crédito e até mesmo investimentos. Vamos oferecer tudo o que uma pessoa precisa no dia-a-dia”.
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