Juros implícitos no crédito da casa caem pelo terceiro mês
Taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em 1,038%, em outubro. Caiu pelo terceiro mês depois dos máximos em agosto.
A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em 1,038% em setembro, uma redução de 2,7 pontos base face ao mês anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se da terceira queda consecutiva desta taxa, isto depois de os juros terem atingido máximos de três anos em agosto.
“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 1,061%”, um mínimo de mais de um ano, nota o INE. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, “a taxa de juro para este destino de financiamento diminuiu para 1,12%”.
Perante a redução da taxa implícita, o valor médio da prestação vencida também encolheu. Na totalidade dos contratos reduziu-se em um euro por mês, enquanto no caso do da Aquisição de Habitação manteve-se em 273 euros, segundo os dados disponibilizados pelo gabinete de estatísticas, sendo que a maior fatia do valor pago corresponde a amortização de capital, com as famílias a beneficiarem da política de taxa de juro 0% do Banco Central Europeu.
O contexto de juros baixos, que mantém as Euribor em terreno negativo, mas também a redução dos spreads cobrados pela banca no crédito à habitação coloca pressão na taxa implícita dos créditos para a compra de casa, isto ao mesmo tempo que acaba por incentivar à aquisição de imóveis com recurso a financiamento.
Assim, de acordo com o INE, em outubro, “o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 18 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 53 231 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 103.208 euros, menos 1.870 euros do que em setembro”.
(Notícia atualizada às 11h09 com mais informação)
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