Wall Street na linha de água com dúvidas sobre progressos na guerra comercial

A China terá convidado os negociadores para uma nova ronda de conversações a acontecer antes do feriado do Thanksgiving, nos EUA, na próxima quinta-feira, mas a notícia não chegou para travar perdas.

A incerteza da guerra comercial continua e os investidores parecem não querer arriscar muito mais. Wall Street fechou esta quinta-feira na linha de água com sinais contrários sobre os desenvolvimentos das negociações entre os Estados Unidos e a China. O gigante asiático poderá esperar uma nova visita dos negociadores norte-americanos ainda antes do Thanksgiving, na próxima quinta-feira.

“O ponto principal desta oscilação no otimismo são as perspetivas de o acordo comercial de fase inicial. Os investidores estão a tirar pétalas de um malmequer e a dizer «vai acontecer este ano, não vai acontecer»“, disse Sam Stovall, estratega chefe de investimento da CFRA Research à Reuters.

O sentimento em Wall Street tem variado consoante as notícias das negociações. Esta quinta-feira, a sessão terminou com perdas ligeiras. O índice industrial Dow Jones cedeu 0,2% para 27.766,29 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,16% para 3.103,54 pontos e o tecnológico recuou 0,22% para 8.265,62 pontos.

“Basicamente o que [os investidores] estão a dizer é que esticaram até ao máximo possível. As avaliações parecem esticadas, em 18,5 vezes os lucros, em comparação com a média dos últimos 20 anos de 16,5 vezes”, alertou Stovall.

Depois de no início da semana ter havido entusiasmo com os avanços, que levaram Wall Street a recordes, os projetos de lei aprovados pelo Senado dos EUA a apoiar os manifestantes em Hong Kong esfriou as relações. A Reuters avançou na quarta-feira que um acordo poderá ser alcançado apenas em 2020, o que levou a fortes quedas nas bolsas dos EUA, mas também do Velho Continente.

O South China Morning Post cita agora fontes de ambos os lados das negociações que indicam que, apesar de ser difícil alcançar um acordo de fase inicial dentro do prazo, ainda é possível que a imposição de tarifas de 15% sobre 156 mil milhões de dólares em importações chinesas para a China. O Wall Street Journal avançou ainda que a China convidou os negociadores norte-americanos para uma nova ronda de conversações a acontecer antes do feriado nos EUA na próxima semana.

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