PS pede aos partidos “sentido de responsabilidade” nas propostas para OE

  • Lusa
  • 24 Novembro 2019

"Vamos em quase 200 propostas, o que põe em risco os compromissos assumidos", diz secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro.

O secretário-geral adjunto do PS apelou aos partidos com assento na Assembleia da República para que tenham “sentido de responsabilidade e compromisso político”, salientando que tal será “fundamental para garantir a estabilidade política” durante a legislatura.

Em Guimarães, depois de encerrar um encontro organizado pela estrutura concelhia do PS, José Luís Carneiro disse à Lusa que já foram apresentadas cerca de 200 propostas para o Orçamento de Estado pelos partidos que fazem oposição no parlamento ao PS, referindo que algumas vão contra os “objetivos orçamentais” definidos, como a redução da dívida pública.

“O sentido de responsabilidade e compromisso político, garantindo estabilidade política, vai ser fundamental durante esta legislatura e é esse apelo que faço a todos os partidos políticos com assento parlamentar“, afirmou o número dois do PS.

Segundo o ex-autarca de Baião, “é importante ter uma noção clara que sendo importante os partidos políticos na oposição terem sugestões“, existem metas e compromissos assumidos pelo atual Governo.

Lembrando as palavras do ministro das Finanças, Mário Centeno, que afirmou que o Orçamento do Estado “não é um leilão de propostas”, José Luis Carneiro reafirmou que “os portugueses votaram um programa eleitoral que deu lugar a um programa de Governo, que foi também discutido e aprovado” na Assembleia da República.

“O Orçamento de Estado tem de refletir as opções políticas do programa do Governo. Ora, o que tem acontecido é que dia a dia, semana a semana, temos assistido à presentação de propostas, já fizemos uma contabilização, vamos em quase 200 propostas, o que põe em risco os compromissos assumidos”, apontou.

“O PS tem todo o espaço para dialogar, como tem acontecido, com todos os partidos políticos, mas é necessário ter e cultivar uma ética de responsabilidade porque não só temos objetivos orçamentais muito claros, continuar a reduzir o défice porque é reduzindo o défice e produzindo mais riqueza do que consumimos que podemos reduzir a divida púbica, pagar menos juros e libertar mais recursos para depois podermos por em pratica algumas dessas propostas de outros partidos”, disse.

José Luís Carneiro reafirmou a vontade do PS de avançar com alterações na gestão das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR): “É um compromisso do programa do Governo do PS, assumido em campanha eleitoral, e temos a intenção de avançar o mais rapidamente possível com a eleição indireta dos presidentes das CCDR”, disse, sem querer esclarecer se este era o primeiro passo para a reorganização administrativa do país através da Regionalização.

“Vamos aguardar pela palavra do primeiro-ministro na sessão de encerramento do congresso da Associação Nacional de Municípios [em fevereiro]. Estou convencido que trará boas notícias para aqueles que querem ver um compromisso muito claro no que ao desenvolvimento regional diz respeito”, finalizou.

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