Gestores veem aumento de fraudes nas empresas. Responsabilizam quadros médios e superiores
Um inquérito a gestores de empresas portuguesas apurou que quase metade acredita que o número de fraudes nas organizações aumentaram nos últimos quatro anos.
Líderes de empresas portuguesas de várias dimensões acreditam que o número de fraudes nas organizações aumentou nos últimos quatro anos, especialmente nos serviços financeiros e, sobretudo, praticadas por quadros médios e superiores. A conclusão é do inquérito Fraud Survey da Deloitte, que abrangeu 157 pequenas, médias e grandes empresas em Portugal.
Para 47% dos inquiridos, “o número de ocorrências de episódios fraudulentos” nas organizações “aumentou” nos últimos quatro anos, enquanto 35% acredita que se manteve “inalterado”. Segundo o Público (acesso condicionado), que cita o estudo da consultora, apenas 31% está otimista quanto à evolução favorável deste indicador no futuro.
Ao mesmo tempo, 95% dos gestores que participaram neste inquérito responsabilizaram os quadros médios e superiores por essas eventuais ilegalidades, entre as quais consta o tráfico de influências, a corrupção, o suborno e o desvio de fundos.
Mas os dados recolhidos vão mais além. Segundo o Público, quase metade dos participantes reconheceu ter tido a ocasião de “testemunhar” recentemente situações de dolo com implicações na reputação da empresa, na perda de negócio ou quebra nos lucros, enquanto 45% dos gestores dos serviços financeiros alegou conhecer empresas envolvidas em casos de burlas.
O estudo, realizado entre 7 e 29 de maio do ano passado, abrangeu gestores de alto nível, como administradores financeiros e diretores financeiros, de compliance, de risco e de controlo. O objetivo, salienta o Público, foi o de fazer uma análise qualitativa e não o de contabilizar os eventuais impactos financeiros dessas ações.
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