Guerra comercial trava crescimento do comércio chinês
Exportações chinesas para os EUA contraíram 8,7%, enquanto as importações chinesas de bens norte-americanos sofreram caíram 17,1%.
O comércio externo chinês aumentou 3,4%, em 2019, para o equivalente a 4,12 biliões de euros, uma desaceleração de 6,3%, face ao ritmo de crescimento homólogo, refletindo o impacto da guerra comercial com Washington.
Os dados divulgados hoje pela Administração Geral das Alfândegas revelam que as exportações cresceram 5%, no ano passado, para 17,23 biliões de yuan (2,24 biliões de euros), enquanto as importações subiram 1,6%, para 14,31 biliões de yuas (1,86 biliões de euros).
O “superavit” comercial aumentou 25,4% para 2,92 biliões de yuas (380.292 milhões de euros).
Embora a taxa de crescimento tenha sido menor do que nos dois anos anteriores, o volume total do comércio, incluindo as importações e exportações, registaram números nominais recordes em 2019.
Mas o abrandamento no ritmo da expansão do comércio chinês reflete uma prolongada guerra comercial com os Estados Unidos: as trocas entre os dois países caíram 10,7%, para 3,73 biliões de yuans (486.434 milhões de euros).
Os governos dos dois países impuseram taxas alfandegárias sobre o equivalente a centenas de milhares de milhões de euros de bens importados um do outro, numa guerra comercial que começou no verão de 2018, mas que se agravou ao longo deste ano.
As exportações chinesas para os EUA contraíram 8,7%, para 2,89 biliões de yuan (375.711 milhões de euros), enquanto as importações chinesas de bens norte-americanos sofreram caíram 17,1%, para os 845.380 milhões de yuans (110.082 milhões de euros).
Enquanto o comércio com os Estados Unidos diminuiu, a China ampliou as suas trocas com a União Europeia em 8%, especialmente com o Reino Unido (+ 12%), com os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em 14,1%.
O país asiático aumentou ainda as trocas com os países da América Latina, em 8%, e com África, em 6,8%.
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