CEO do BPI diz que os spreads no crédito vão continuar a cair

O presidente do BPI diz ser cada vez mais difícil defender quota no mercado de crédito, pelo que acredita que haja margem para mais descidas nos spreads sobretudo do crédito pessoal e às empresas.

Pablo Forero, CEO do banco BPI, diz ser cada vez mais difícil defender quota no mercado de crédito, pelo que acredita que haja margem para mais descidas nos spreads, sobretudo no crédito pessoal e às empresas.

O CEO do BPI lembra que, o ano passado, foi “muito desafiante”, assumindo que “as taxas de juro foram muito mais baixas do que esperávamos no inicio do ano”.

Nesse contexto, a instituição financeira que lidera viu ainda assim a sua margem financeira (diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) aumentar 3,2% no ano passado, para 436,3 milhões de euros.

Contudo, Pablo Forero considera que se tornou um exercício mais difícil manter uma evolução positiva neste indicador sem que ocorra uma “guerra de preços”. “Estamos a defender a quota de mercado no crédito sem ter uma guerra de preços, mas é cada vez mais difícil“, reconhece o presidente do banco. “Vamos ver os spreads cair um pouco mais”, diz.

Mas assume que “não há muita margem” para descidas nos spreads da casa, considerando que a maior margem existirá sim nos empréstimos pessoais e às empresas. “É lá onde estamos a notar a maior pressão”, reconhece.

Travão no crédito pessoal “é positivo”

No que respeita ao crédito pessoal, Pablo Forero também reagiu ao reforço da medida macroprudencial que o Banco de Portugal anunciou na passada sexta-feira. O regulador da banca recomendou aos bancos que respeitem um teto máximo de sete anos nas maturidades do crédito pessoal, a par de uma limitação dos montantes a conceder a clientes com taxas de esforço mais elevadas.

Pablo Forero lembrou que aquilo que “o Banco de Portugal está a fazer é introduzir mais recomendações prudenciais”, as quais vê com bons olhos. “Pessoalmente, acho que é positivo e está a ser feito de uma forma muito esperta”, diz, lembrando que não é só para os bancos”. “São regras mais prudentes, mas que afetarão todas as empresas que fazem empréstimos em Portugal. É uma medida macroprudencial que é muito positiva”, em que Pablo Forero acredita irá conduzir a “crédito muito mais prudente”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h03 com mais informação)

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