China cria app que avisa quando se está “próximo” de alguém com coronavírus

A app envia alertas quando os utilizadores estão em "contacto próximo" com alguém potencialmente infetado com o coronavírus. Caso haja risco, aconselha a contactar as autoridades de saúde.

A China lançou uma aplicação móvel que alerta os cidadãos quando estão em “contacto próximo” com alguém potencialmente infetado com o novo coronavírus, que já matou mais de 1.100 pessoas, avança a BBC News.

Os utilizadores podem descarregar a app através de um “QR Code”, recorrendo ao WeChat ou ao QQ, dois serviços de mensagens instantâneas muitos populares na China. Assim que o registo é efetuado, os utilizadores terão que responder a um questionário, inserindo vários dados pessoais como o nome, número de telemóvel e número de identidade para saber se estiveram em “contacto próximo” com alguém que esteja infetado com o surto.

Caso sejam identificadas situações suspeitas, as pessoas em risco são aconselhadas a ficar em casa e a informar as autoridades de saúde locais. A aplicação foi apresentada pela Comissão Nacional de Saúde da China e desenvolvida pela China Electronics Technology Group.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde, “contacto próximo” refere-se a casos de coronavírus, confirmados ou suspeitos, que se tenham aproximado de alguém sem proteção devida e mesmo que não apresentem sintomas da doença.

O lançamento desta aplicação mostra os esforços que o regime de Xi Jinping tem feito para tentar conter o surto, um problema de saúde pública que tem posto em causa a liderança do país. As autoridades têm sido criticadas pelas fortes restrições impostas nas deslocações, isolando cidades inteiras, mas também por inicialmente ter tentado ocultar a real dimensão do surto.

Além disso, a imprensa internacional tem contado como as autoridades criaram autênticas redes locais de denunciantes de casos suspeitos, havendo mesmo direito a pagamento, em alguns casos, para quem denuncie alguém potencialmente doente.

Este vírus foi detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro). O número de mortes causadas, acima de 1.100, já ultrapassou o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo.

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