Casa Barbot no centro de Gaia será requalificada. Vai abrir como polo de cultura
As obras na Casa Barbot vão avançar e o espaço abrirá como polo de cultura para exposições e lançamento de livros, anunciou a câmara de Gaia. As obras vão custar 300 mil euros.
As obras na Casa Barbot, equipamento cultural localizado na Avenida da República em Vila Nova de Gaia, vão avançar e o espaço abrirá como polo de cultura para exposições e lançamento de livros, anunciou esta segunda-feira a câmara local.
“A empreitada vai avançar finalmente para concurso, depois de um massacre de ano e meio, quase dois anos, de burocracias. Percebo que quem passe ali diga: ‘uma coisa tão bonita, mas não ata nem desata’. Percebo perfeitamente, mas a alternativa era fazer alguma coisa que não cumpra a lei e depois estaríamos em maus lençóis”, disse o presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião camarária, disse que as obras vão custar 300 mil euros, recordou que a casa foi fechada porque “apresentava riscos sérios” e se queria “evitar males maiores” e indicou que será ali instalado um polo de cultura integrado na rede de equipamentos do concelho.
A Casa Barbot é uma antiga residência unifamiliar, erguida em 1904 por iniciativa do vianense Bernardo Pinto Abrunhosa, seu primeiro proprietário, no entanto, o nome pelo qual é conhecido o edifício provém de Ermelinda Barbot, proprietária do imóvel em 1945.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982, a Casa Barbot foi adquirida pela Câmara de Gaia que ali instalou sede do Pelouro da Cultura, Património e Turismo, mas entretanto fechou o espaço para obras de recuperação.
Já sobre a Oficina Soares dos Reis, um espaço localizado na União das Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada que chegou a ser propriedade de O Primeiro de Janeiro, sendo agora da Universidade do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues revelou aos jornalistas que a requalificação “está neste momento em concurso”.
Em causa está um ateliê construído na segunda metade do século XIX, a pedido do escultor António Soares dos Reis, para funcionar como casa-oficina, tendo ele próprio delineado o projeto executado por um arquiteto seu amigo, José Geraldo Sardinha.
Em abril de 2017, a Câmara de Gaia e a Universidade do Porto assinaram um protocolo com vista a agilizar obras no espaço.
“Em breve teremos a situação resolvida. Este projeto teve um percurso marcado pela estabilização de relação com a Universidade do Porto que tinha muita vontade, mas não tinha recursos, pelo que será a Câmara a assumir”, disse o autarca.
A obra custará cerca de 220 mil euros e foi alvo de candidatura Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
Também questionado sobre o restauro da capela Senhor D’Além, equipamento da Diocese do Porto que se localiza na escarpa da Serra do Pilar, Eduardo Vítor Rodrigues apontou que as obras avançam “antes de abril”.
A obra terá o valor de 300 mil euros, sendo comparticipada em 30% pelo PEDU.
A capela do Senhor D’Além é património religioso propriedade da Diocese do Porto, estando a sua génese assente numa imagem do Senhor Crucificado que data de 1140, enquanto a última celebração das Festas do Senhor D’Além data de 1997.
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